Enviada em: 29/09/2017

A humanidade e as super bactérias   A era contemporânea vislumbra um grande avanço científico, com pesquisas e novas descobertas que têm beneficiado a humanidade. Entretanto, no que diz respeito aos remédios, sobretudo os antibióticos, a realidade é de malefícios, pois algumas bactérias estão se tornando resistentes aos antibióticos mais fortes da atualidade, e a própria humanidade é culpada, já que está catalisando a proliferação delas. Somente o avanço científico e tecnológico não será capaz de deter a evolução bacteriana, é preciso a colaboração de todos.   Por que muitos tem se automedicado? O estilo de vida contemporâneo é um grande catalisador desse mal secular, uma vez que torna o corpo humano mais suscetível a doenças. Alguns alegam empecilhos para não consultarem um médico ou outro profissional da área, e se automedicam. Outrossim, doenças atuais com tétano, cólera e gonorreia podem ser tratadas com antibióticos, porém, ao invés de usar excessivamente o remédio, não seria mais sábio prevenir a doença? Ter atenção para não se cortar com arame farpado, não andar em áreas alagadas, usar preservativos em relações sexuais, previnem, respectivamente, as três doenças citadas e, consequentemente, evitam as super bactérias através do uso abusivo de antibióticos.   O filósofo grego Aristóteles, defendeu a Doutrina ou Ética do meio-termo, segundo ele, "o mais importante não é o excesso e nem a escassez, mas sim, o equilíbrio". É importante ressaltar que, no caso da problemática envolvendo os antibióticos, o ensinamento de Aristóteles é abundantemente válido, contudo, não é praticado; sem os antibióticos, as bactérias terão sucesso quando o sistema imunológico falhar e, se forem usados em excesso, o perigo de algumas bactérias tornarem-se imunes a eles é eminente. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária comprova o uso abusivo desses medicamentos, pois já registrou a consequência disso: bactérias resistentes à medicações em alguns hospitais. Se a humanidade não ajudar, o problema persistirá até não houver mais esperança.   Portanto, é necessário que o Estado seja mais rigoroso na lei que proíbe vendas de remédios sem a prescrição médica, alertando os farmacêuticos através das mídias sociais que, se casos de transgressão dessa lei forem comprovados, haverá a devida punição. O governo de cada município deverá fazer isso em suas respectivas regiões. Por fim, as escolas devem ensinar jovens e adolescentes que uma vida saudável previne doenças, e os antibióticos só podem ser tomados em casos de extrema necessidade, isso deve ser feito através de palestras, debates, entre outros meios. Dessa forma, a humanidade terá uma real esperança no combate às super bactérias.