Enviada em: 01/10/2017

As bactérias são consideradas pela biologia seres procariontes, sem núcleo individualizado, com grande poder de se reproduzir. Há 10 anos, aproximadamente, as mesmas tornaram-se mais resistentes vindo a ser chamadas de superbactérias pelos estudiosos. Segundo o infectologista Carlos Kiffer, pesquisador do Laboratório de Microbiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), essa resistência é devido ao uso indiscriminado de  antibióticos.           A automedicação é um mau hábito corriqueiro na sociedade brasileira. Esse comportamento é reforçado pelo fácil acesso que a população tem aos medicamentos nas farmácias. Em razão disso, em 2010 a Anvisa, conforme o Jornal Nacional divulgou na época, proibiu a venda de antibióticos sem receita médica, ou seja, tornando-o um medicamento controlado. No entanto, muitas drogarias continuam a vender ilegalmente. Infringindo a lei que existe a mais de 30 anos.             Ademais, a indústria farmacêutica tornou-se uma potência no comercio varejista, afirma dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Esse destaque deve-se, em partes, a intensificação do marketing nas propagandas televisivas. Informando e aliciando a população a medicar-se. A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou que o último antibiótico a ser descoberto foi na década de 80. Ou seja, a quase 40 anos que as bactérias estão ganhando forças.             Então, medidas são necessárias para resolver o impasse. Já afirmava Martin Luther King, toda hora é hora de fazer o que é certo. A fiscalização da Anvisa precisa ser mais rigorosa em algumas regiões, punindo severamente quem descumprir a lei. A população deve ser melhor informada a respeito das consequências da automedicação, além das superbactérias, outras doenças podem ser ocasionadas pela falta de conhecimento. Através de políticas públicas que foquem nessa demanda, a sociedade brasileira poderá diminuir essa realidade. Como por exemplo, palestras - nas Unidades de Saúde- de farmacêuticos e médicos que instruam a sociedade.