Enviada em: 01/10/2017

Antibióticos e o efeito contrário        Desde que a penicilina começou a ser utilizada em 1914 como antibiótico, muitos outros medicamentos foram desenvolvidos para atacar e inibir outras bactérias. Entretanto, apesar de serem responsáveis pelo controle e tratamento de diversas doenças infecciosas, foram utilizados com tanta frequência e por tanto tempo que, em alguns casos, em vez de combater os micro-organismos acabam por torna-los resistentes aos medicamentos.       O uso indevido de antibióticos como: toma-los sem prescrição médica ou suspender o uso antes do necessário junto ao emprego deles na agricultura, pecuária e na produção de proteína animal, uma vez que o Brasil é o terceiro país que mais utiliza esses medicamentos nessa área, de acordo com reportagem da BBC; além dos hospitais superlotados, são algumas das causas do surgimento das superbactérias que fazem tão mal a saúde e podem matar.       As superbactérias estão para se tornar à próxima ameaça global em saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), por outro lado os avanços para combatê-las estão lentos e elas já causam no mundo cerca de 700 mil mortes por ano. Segundo a ANVISA, no ano de 2012, foram contabilizados aproximadamente dez mil casos de bactérias resistentes a remédios em UTIs brasileiras. Essa informação mostra como a resistência das bactérias ao remédio é alarmante.       Bactérias se reproduzem em vinte minutos já o ser humano leva anos para colocar um novo antibiótico no mercado e para reverter essa situação é preciso que o Ministério da Saúde invista e incentive pesquisadores a encontrar novos medicamentos e ao Ministério da Agricultura estabelecer uma dosagem mínima desses remédios na agroindústria, acompanhada de uma fiscalização rigorosa. Além dos Ministérios promoverem a conscientização da população com comercias na TV, rádio e internet explicando o quão perigoso é o uso indiscriminado dos antibióticos.