Enviada em: 23/10/2018

No período de 1939 a 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, buscava-se o desenvolvimento de tecnologias que auxiliassem os países nos serviços de inteligência e espionagem, e foi nesse contexto que o inglês Alan Turing criou a primeira máquina que daria origem ao computador. Ao longo do século XX, esse e outros equipamentos foram desenvolvidos e difundidos, o que inclui a internet e o advento das redes sociais, de forma que, hodiernamente, essas tecnologias representem parte relevante na vida de grande parte da população. Apesar de proporcionar muitas facilidades, o uso excessivo das redes virtuais acarreta alguns problemas, dos quais destaca-se a superexposição individual e coletiva.       Esse uso exacerbado da internet faz parte do conceito de indivíduo no século XXI, já que muitos serviços, entretenimento e acesso à informação passaram a ser feitos virtualmente, o que leva as pessoas a aderir cada dia mais a essa ferramenta. No entanto, é preciso ressaltar que muitas adversidades decorrem disso, principalmente no que concerne ao conceito de privacidade, algo que praticamente deixou de existir com o advento do Facebook, Youtube, Instagram e outros veículos que tem como principal característica a exposição da imagem do usuário.      Nesse contexto, compartilhar a vida em todas as suas esferas com conhecidos  e desconhecidos nas redes sociais se tornou cotidiano para muitas pessoas. Essa situação pode ser exemplificada pelo filósofo Zygmunt Bauman, que, ao abordar o conceito de 'Modernidade Líquida', afirmou que "na era da informação, a invisibilidade é equivalente a morte." Demonstra-se, dessa forma, como a exposição no mundo virtual passou a se sobrepor a realidade, no sentido de que as pessoas priorizam o perfil online em detrimento das relações sociais, o que, além de deturpar o conceito de privacidade, prejudica o convívio em sociedade.      Destarte, faz-se necessário que medidas sejam tomadas com o fito de atenuar os problemas decorrentes da superexposição nas redes sociais. Isso deve ser feito, principalmente, por meio do Ministério da Educação, já que as escolas são o veículo civilizador da sociedade e a educação é a forma de elevar e emancipar o indivíduo, segundo Paulo Freire. Esse órgão deve promover palestras com psicólogos e pedagogos nas escolas, além de criar campanhas educativas em parceria com a mídia, de forma que sejam abrangidas todas as esferas sociais, e que objetivem informar os cidadãos acerca dos perigos da exposição exacerbada da imagem nas redes, de modo que se fomente a preservação da privacidade de todas as pessoas.