Enviada em: 02/11/2018

È indubitável que o advento da internet propiciou uma maior integração da sociedade em todo o mundo. Através do meios virtuais, os indivíduos podem expor ideias, debater assuntos e ate realizar tarefas básicas do dia a dia, como pagamentos de contas e compras diversas. No entanto, o mau uso dessa útil ferramenta pode ser uma arma perigosa, principalmente nas redes sociais, como o Facebook, Instagram e Twitter, tendo em vista, o exibicionismo exacerbado e a busca desenfreada por visibilidade. Nessa conjuntura, cabe refletir sobre o comportamento do ser humano no meio virtual que virou escravo de “likes”, e pouco se importa com as consequências dos seus atos.      Em primeiro plano, vale ressaltar a problemática da autoexposição online. Existem uma gama de sites e aplicativos que parecem ter como único foco a exibição da figura humana. As timelines estão repletas de: status, fotos, vídeos, comentários, desabafos, e sobre tudo o que acontece na vida pessoal, familiar, social, amorosa e profissional . A constância de postagens é tão grande que segundo uma pesquisa feita pelo Ibope, as redes sociais representam 60 porcento do trafego de internet. Desse modo, é certo que a vida em rede, tornou-se uma espécie de vitrine, onde a disputa é acirrada em prol da publicação mais interessante.     Além da autoexposição, o meio virtual também oferece riscos à integridade física e moral de terceiros. Como aconteceu com o ator Stênio Garcia e sua esposa, que tiveram suas fotos íntimas expostas na rede, o que causou grande constrangimento para ambos. Assim como os famosos, pessoas anônimas também são vítimas desses crimes cibernéticos. Em maio de 2014, no Guarujá SP, a senhora Fabiane Maria de Jesus, que teve sua imagem injustamente vinculada a uma publicação nas redes social, a qual seria uma suposta sequestradora de crianças, foi brutalmente espancada e morta por populares, após a disseminação da postagem na rede. Isso revela que o meio virtual é encarado como um território sem leis. Sendo assim, é evidente que essa tentativa de ganhar curtidas, seguidos e fama na internet a qualquer custo, é uma atitude criminosa e passível de graves punições.     È importante, portanto, que medidas sejam tomadas para resolver esse problema. È preciso que a escola em parceria com o governo se empenhem na reeducação da população para o uso dessa tecnologia, por meio da distribuição de cartilhas educativas e de palestras que incentivem o bom uso da rede. Ademais, o governo em conjunto com desenvolvedores dessa ferramenta, podem criar medidas que facilitem a identificação de infratores virtuais, como a obrigatoriedade do registro com CPF em redes sociais e afins. Para assim garantir o uso responsável e a devida punição para o mau uso dessa ferramenta.