Enviada em: 03/04/2019

A Revolução Técnico-científica, no século XX, proporcionou ao mundo o adendo de tecnologias que facilitam o cotidiano das pessoas. Hodiernamente, as redes sociais são uma espécie de vitrine para autopromoção e exposição midiática, em que usuários envidam todos os esforços para angariar “likes”. Nesse sentido, é necessário que sejam tomadas medidas atenuantes dessa problemática.  Precipuamente, a tecnologia em geral vem ganhando, exponencialmente, espaço na sociedade, de modo a nos tornar reféns e vítimas de seu uso desmedido, com vistas para um caráter de promoção de uma realidade distópica. De acordo com Albert Einstein, físico alemão, a tecnologia não deveria sobrepor-se à humanidade, pois, caso isso acontecesse, teríamos uma sociedade apática. Analogamente, a alta exposição nas redes sociais tem, além de inviabilizar a interação social, acarretado uma busca incessante por um padrão de vida fictício.  Outrossim, os limites ente o público e o privado estão sendo cada vez mais oprimidos, ao passo que o mundo virtual tem se tornado uma grande maquiagem de uma realidade distinta. Segundo Émile Durkheim, o fato social são valores, normas culturais e as estruturas sociais que transcendem o indivíduo, podendo exercer controle social. Consoante a esse pensamento, a busca por “likes”, bem como a autopromoção tem criado paradigmas sociais, de modo a valorizar uma cultura narcisista e ilusória em detrimento de um modelo de vida real e concreto. Dado isso, é mister que as redes sociais têm tornado os usuários meros operários de curtidas.  Nessa perspectiva, faz-se necessário que o governo federal, por meio do Ministério da Educação – órgão que gerencia as políticas educacionais no país – promover a elaboração e distribuição, nas escolas e universidades, de cartilhas de uso consciente das redes sociais, visando promover o reconhecimento do problema. Ademais, o Ministério Público deve buscar a efetividade do Marco Civil da Internet, coibindo o uso de ferramentas ilícitas na promoção virtual. Assim, teremos uma sociedade com valores mais concretos e que preza pela coletividade.