A ascensão da modernidade no século XXI está intrinsicamente ligada à globalização, tornando-a, dessa forma, uma intensificadora das relações sociais em escala mundial. Nesse parâmetro, a socialização de indivíduos de diferentes lugares por meio da tecnologia pode trazer malefícios quando atingem a vida privada e espaço público. Ademais, a falta de segurança no ambiente virtual quanto o desinteresse dos próprios usuários contribuem para a persistência dessa mazela social. De acordo com a proposta por Thomas Hobbes, é dever do estado garantir harmonia social. Entretanto, ao observar reportagens cotidianamente, vinculadas pela mídia acerca de casos de crime e aplicações de golpes virtuais com nexos em redes de relacionamento - majoritariamente, o Whatsapp e Facebook-, fica evidente a falha do governo em sua função de promover o equilíbrio na sociedade. Logo, tem-se o contrato social rompido e, como reflexo desse cenário, os direitos e a segurança dos usuários de entretenimento desrespeitados Outrossim, é válido ressaltar a interferência da população nesse contexto. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, vivemos tempos de modernidade líquida, no qual se evidencia o imediatismo das relações sociais. Diante dessa perspectiva, essa rapidez de ligações pelo meio virtual torna-se negativa quando a privacidade de um indivíduo é exposta em um meio público, trazendo prejuízos financeiros quanto sociais para a parte atingida. Fato agravado quando a disseminação de meios preventivos não é disponibilizada para a população. Dado isso, para combater esse problema, é indispensável, primordialmente, a intervenção de dois agentes. Nesse sentido, o governo além de prestar esclarecimentos à população de como agir diante de uma situação que possa acarretar em uma tentativa de crime virtual, deve também assegurar a devida punição àqueles que praticarem esse tipo de infração. Para que isso ocorra de modo auspicioso, a realização de campanhas, dentro dos sistemas midiáticos e virtuais sobre os perigos da internet, em consonância da ampliação do número de delegacias especializadas são de fundamental importância para garantir que o ambiente digital se torne um espaço seguro para todos.