Enviada em: 19/02/2018

Com o desenvolvimento tecnocientífico, a forma de viver está em constante transformação.Partimos de uma sociedade que valorizava a interiorização, presente nos séculos 19 e 20 com a psicanalise e os monólogos interiores, para uma que valoriza a visibilidade e a superexposição. Com isso, não há mais intimidade e sim extimidade - expor a privacidade - para nos sentirmos realizados, que por sua vez gera consequências irremediáveis.        É importante ressaltar, a dependência do olhar do outro para confirmar nossa existência.Em uma sociedade altamente midiatizada, movida pela estética a aparências, a necessidade de aprovação dos outros,para preencher um vazio interno, torna-nos produtos no qual as redes sociais são as vitrines onde somos expostos e avaliados a cada publicação, e assim, desenvolve-se cada vez mais o narcisismo entre os usuários.      O compartilhamento inadequado de conteúdos por meio das redes sociais facilitam o uso indevido desses.Em 2012 foi aplicada a Lei Carolina Dieckmann,que pune os invasores de dispositivos informáticos privados. Entretanto, a maioria dos danos a imagem surgem não de uma invasão desautorizada e sim do compartilhamento espontâneo e público do usuário.         Fica claro, portanto, que nas ultimas décadas ouve uma troca de valores da interioridade para o exibicionismo.O Estado deve oferecer educação digital para todos os níveis de ensino de forma a garantirem sua segurança e privacidade em um ambiente tão vasto. Desse modo, cabe a família em parceria com a escola implementarem medidas que incentivem a valorização do interior para que assim não haja a dependência do olhar do outro para afirmar sua importância.