"A máquina conquistou o homem. O homem se tornou máquina.Funciona e não vive mais".A frase do líder indiano Mahatman Gandhi parece fazer alusão ao comportamento humano na contemporaneidade,especialmente na atual sociedade tecnológica,em que a modernização parece inferir cada vez mais no modo de agir da população.Essa perspectiva,acerca do poder da integração dos meios de comunicação no século XXI,é fomentada,principalmente,pela dependência dos meios tecnológicos,com o advento da globalização,e pelas inúmeras possibilidades que o "mundo online" disponibiliza. Em primeiro lugar,de fato,com o passar dos séculos,o homem acabou usando as redes sociais como forma de sobrevivência.O livro "O Cortiço", de Aluízio de Azevedo,em que é tratado o poder que o meio exerce sobre as pessoas,tornando grande a sua influência sobre os comportamentos humanos,reflete a ação que a Internet tem sobre a sociedade.A prática de postar fotos todos os dias,nos mais diversos momentos,só para conseguir o maior número de visualizações ou de comentários,se tornou frequente em todas as idades e em todos os lugares.A necessidade de se sair bem em uma foto publicada,está em consoante à música "Eu quero ter",do cantor Roberto Carlos,em "Eu quero ter um milhão de amigos",remetendo à dependência das redes sociais no mundo hodierno. Em segundo lugar,cumpre destacar que a Internet como "terra sem lei",que tem as relações sociais baseadas no Facebook,Twitter,Instagram,entre outros aplicativos,sendo notório que não há mais socialização "cara a cara",somente pela tela do celular ou de um computador,tem os usuários tão viciados nas postagens das fotos,que não se dão conta da tamanha exposição.Atrelado a isso,famosos têm suas intimidades reveladas por fotógrafos,crianças são alvos de pedófilos,jovens são vítimas de incentivo ao corpo perfeito,sendo frequente e não mais tenebroso fatos como o ocorrido em 2016,quando uma foto do cantor Arlindo Cruz,em uma cama de hospital,foi publicada no Whatsapp e nas mais diversas redes sociais por um funcionário do hospital. Logo,é imprescindível que haja uma ação conjunta da sociedade,das instituições educativas e do Poder Público,em que a implantação de debates,de palestras,de propagandas e de campanhas publicitárias,sejam capazes de fomentar o senso crítico da parcela social,desmitificando o cenário da Internet como única formadora de relações sociais,em que os pais incentivam os filhos a não usarem as redes sociais desde cedo e as instituições educativas ajudam no esclarecimento da importância acerca das relações "cara a cara".Assim,as devidas mudanças poderão ser perpassadas a todas as gerações e a superexposição nas redes sociais poderá se tornar uma ação menos frequente na realidade.