Enviada em: 23/05/2017

Fazendo-se ouvir      A democracia no Brasil é do tipo representativa, na qual a população elege seus mandatários. Outra forma de governar é a direta, porém inviável pelo contingente populacional existente. Ainda assim, as novas tecnologias têm permitido maior proximidade com os eleitos, ampliando o escopo de participação das pessoas e consequentemente seu poder na tomada de decisão.      Com efeito, a pouco mais de 30 anos findava-se a ditadura militar, que tinha como expoente o cerceamento da liberdade de opinião. Nos dias atuais, contudo, vive-se uma nova “Ágora”, com a abertura de espaços para amplos debates, no meio digital, que se traduzem em ações práticas.       Fato esse exemplificado pelas manifestações que tomaram as ruas no ano de 2013, de caráter político insurgente, no qual as redes sociais permitiram agendar datas, circular notícias e tecer críticas ao governo vigente. Além disso, a ciberdemocracia fornece a possibilidade de maior fiscalização, assim como a submissão de Projeto de Iniciativa Popular.      A fim de favorecer uma participação cada vez maior na política nacional, a que se aumentar a porção da população com acesso aos meios tecnológicos. Embora, mais da metade da população utilize a internet, essa ainda não se dá de forma universal. Também, deve-se considerar uma pluralidade de veículos de informação, geradores de opinião, que coloquem em campo vários pontos de vista, decorrentes de discussões fundamentadas.      Logo, é notório a contribuição que as novas ferramentas tecnológicas podem trazer para democracia brasileira. Pois podem promover aumento da fiscalização sobre as ações políticas, por meio de aplicativos desenvolvidos por ONGs.  Debates mais fundamentados, devido à alfabetização midiática, mediante cursos promovidos pela sociedade civil. Implementação da política de acesso a internet a toda população, pelo legislativo. Toda essa revolução pode garantir voz a quem nunca teve.