A democracia ganhou destaque como sistema político a partir do século XIX, na qual a opinião da sociedade foi valorizada quanto a interferência nas questões socioeconômicas e políticas de seu país. Posteriormente a isso, na segunda metade do século XX, inicia-se a Terceira Revolução Industrial, trazendo consigo o conhecimento tecnológico e científico. Nesse contexto, o filósofo Habermas destaca que através da tecnologia, especialmente a mídia, é possível implementar a democracia. Dessa forma, é possível inferir a relação fundamental entre esses dois aspectos, trazendo à dinâmica atual, percebe-se a necessidade em fundir esses conceitos a fim de configurar a liberdade de escolha. Na atual conjuntura, vivencia-se a crise do sistema político brasileiro, na qual a população se vê refém da má gestão instaurada. Analogamente a isso, o sufrágio universal é o único meio de representação democrática, e não é suficiente para retratar as complexas demandas sociais. Tais eventos caracterizam a perda do ideal democrático e o desinteresse populacional frente as questões políticas. Em contrapartida, nas últimas décadas, é crescente o movimento de ações que visam ampliar o contato da população em geral às decisões políticas. Com destaque para o conceito de ''ciberdemocracia'': consiste em mecanismos de discussão entre o cidadão e o Estado, tornando a participação social real e efetiva nas decisões. Além disso, o uso da tecnologia volta-se para o acompanhamento dos diferentes poderes, permitindo maior proximidade da sociedade para com as esferas públicas. Com base no exposto, é fundamental investir na manutenção da democracia a partir da tecnologia. Para tanto, projetos de ciberdemocracia devem ser ampliados e incentivados pelo Governo Federal a fim de aprimorar a cidadania. Concomitante a isso, o Terceiro Setor deve incentivar a participação política através de capacitações. Por fim, é esperado maior controle social da coisa pública, configurando a democracia participativa.