Enviada em: 21/05/2017

Na sociedade globalizada, a partir do amplo avanço tecnológico, a expansão do uso da rede mundial de computadores passou a figurar na rotina de indivíduos pertencentes a diferentes classes sociais, facilitando a atualização informativa, reduzindo distâncias e ampliando o exercício da democracia. No contexto brasileiro, todavia, embora se percebam avanços recentes no tocante à democratização dessa tecnologia, a exclusão digital ainda é uma realidade em diversos ambientes, o que atesta a necessidade de maiores esforços do Poder Público e de algumas instituições escolares em prol da disseminação do universo virtual a quaisquer pessoas nele interessadas.   Com o advento das ciências da informação e comunicação, hoje é possível, a criação de lugares virtuais que regulem e monitorem a ação do Poder Executivo e Legislativo. Dentro desta perspectiva, podemos citar a plataforma ´´Vote na Web´´ criada pelo publicitário Fernando Barreto, em que consiste em indagar ao público sobre projetos de lei em votação na Câmara e no Senado. Efetivamente o desenvolvimento de tais ferramentas favorecem o engajamento da população civil, além de garantirem o direito constitucional à informação. Decerto, discutir as facetas da cibercultura apontada por Lévy Pierre é necessário, visto que a ciberdemocracia ocupa cada vez mais espaço no dia-a-dia.     Ademais, não é errôneo afirmar que a inclusão digital é uma necessidade contemporânea. Em face disso o Governo executa e apoia diversos programas como o Programa Nacional de Informática na Educação, Centros de Inclusão Digital, Computador para todos, Programa Estação Digital, dentre outros. Porém os índices de exclusão digital ainda se mantem, o que demonstra o despreparo de alguns docentes que abordam o conhecimento digital superficialmente, o sucateamento da estrutura pública e falta de profissionais da área preparados para auxiliar os professores. Dessa forma, é inconsistente efetivar um meio virtual de viabilize a participação de todos no âmbito legal.      Fica claro, portanto, que o pleno acesso às tecnologias da informação não efetivam o exercício de uma plena cidadania, algo ainda visionário no contexto brasileiro. Logo, é necessário uma reavaliação dos programas governamentais de inclusão e reajuste das inconformidades, contratação de profissionais  de TI destinados à capacitar o corpo docente pautando o processo pedagógico na autocrítica, provocarem o acesso do público em enquetes de projetos de lei em votação através de anúncios publicitários personalizados nas redes sociais e disseminação na  TV e programas de rádios. Assim assumindo a responsabilidade de realmente estreitar as ligações entre a democracia e o ciberespaço.