Enviada em: 26/05/2017

A era digital suprime os limites geográficos, facilitando a comunicação entre pessoas do mundo inteiro, no âmbito da democracia favorece a participação em movimentos sociais na luta pelos direitos da população. É indubitável a contribuição da ciberdemocracia no contexto politico e econômico, porém exclui socialmente e compromete a qualidade das informações fornecidas.  A configuração da democracia virtual preserva a ideia de “polis” da politica na Grécia antiga, por oferecer um espaço de discussão de interesses políticos e econômicos, mas conecta pessoas com mesma opinião do mundo inteiro. Em contrapartida, ao pensar em acessibilidade tecnológica depara-se com um cenário excludente de sociedades menos favorecidas, não retratando as decisões de forma globalizada.  Ainda que as decisões sejam regidas pelos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, de forma independente e harmônica, a veracidade das informações da internet podem ter fonte duvidosa, pois é um espaço aberto a qualquer público e opinião, formador e transformador de pensamento, podendo influenciar negativamente as criticas a favor ou contra determinado assunto.  O ativismo digital explodiu possibilidades no contexto econômico e politico, muitas intervenções foram realizadas, diante essa facilidade e rapidez na comunicação, contudo, ainda é um espaço com pouca organização e competência. Para que a ciberdemocracia atue de forma eficaz nos interesses globais da população é necessário repensar o modelo de acessibilidade digital, criando espaços de acesso à internet para o público, relacionados a assuntos a serem discutidos. É imprescindível a criação de mediadores que verifique a veracidade das informações, não influenciando na formação da opinião do interlocutor. Para que tais ocorram deverá atuar em conjuntos os três poderes, juntamente com o governo federal, estadual e municipal, construindo um modelo virtual delineado, efetivo e fidedigno.