Enviada em: 29/05/2017

Segundo Clement Attlee,  a democracia não é apenas a lei da maioria, mas a lei da maioria respeitando o direito das minorias. Nesse contexto, a internet tem se mostrado uma peça fundamental quando o assunto é democracia, visto que é muito comum, sobretudo nas redes sociais, seu uso como forma de expressar-se determinados assuntos  livremente. Contudo, se por um lado a internet se transformou em um ambiente com diversos acessos à informações e pensamentos, por outro lado, mostrou-se o lado perversos de várias pessoas, que se aproveitam do anonimato para promover discursos extremistas e intolerantes.         Nesse viés, tal ascensão tecnológica teve um grande impacto democrático, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Um exemplo dessa evolução foi no oriente médio, onde jovens sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses incubam pensamentos sedentos por modernidade e democracia e uma série de manifestações eclode na Tunísia, como uma epidemia, o ideal libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais  como o Facebook e o Twitter  ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.      Ademais, A internet tem permitido que extremistas expandam o acesso ao discurso do ódio a milhões de pessoas  incluindo adolescentes e jovens manipuláveis. Isso tem facilitado a comunicação entre odiosos que pensam de forma semelhante, ainda que vivam em diferentes continentes, ampliando a capacidade de promover e recrutar para suas causas de forma anônima e mais barata. Antigamente, manifestantes do ódio tinham que permanecer de pé nas esquinas das ruas e propagar suas mensagens de insulto através de panfletos, hoje percebe-se que eles estão muito presentes nas redes sociais e em fóruns online. Por isso, é preciso ter cautela com os discursos extremistas se espalhando rapidamente pela internet, em função do seu conteúdo, é preciso ter o cuidado para não passar a mensagem adiante, mesmo que seja na tentativa de “acusar” esse discurso.          Infere-se, portanto, que medidas se fazem necessárias para fiscalizar os conteúdos prejudiciais que surgem em sites e nas redes sociais. Seria viável o governo federal, pressionar os responsáveis dessas redes sociais, intensificarem a supervisão do conteúdo que circula nesses lugares. Cabe também ao internauta ser cauteloso com tipo de coisa que compartilha e divulga na internet e também se for o caso denunciar anonimamente crimes ao site SaferNet, sendo o mais comum deles: a intolerância religiosa, racismo e a pornografia infantil. Desse modo, criando-se um ambiente virtual mais saudável e socialmente democrático.