Enviada em: 23/10/2018

Promulgada pela República Federativa do Brasil em 1988, a Constituição garante a todos os indivíduos a inviolabilidade do direito à vida, à segurança e ao bem-estar social. Hodiernamente no país, entretanto, o tráfico de drogas e, consequentemente, a violência inviabilizam que esse direito seja, efetivamente, alcançado na prática. Nessa perspectiva, é imprescindível ressaltar que essa problemática relaciona-se não somente com aspectos pecuniários, como também políticos da sociedade.       É indubitável que aspectos financeiros corroboram, relevantemente, a manutenção da problemática do tráfico de drogas na contemporaneidade. Segundo Adam Smith, a economia é um fator primordial para o bom desenvolvimento da população. Por esse aspecto, é notório que as dificuldades pecuniárias influenciam muitas pessoas a optarem por métodos não constitucionais para adquirirem dinheiro, sendo uma opção o tráfico de substâncias entorpecentes. Dessa maneira, o narcotráfico, diversas vezes, representa um atrativo financeiro e, deploravelmente, se perpetua na sociedade.      Faz-se mister, ainda, salientar que a ausência de medidas ostensivas na esfera política nacional permite a reverberação da problemática no país. De acordo com Aristóteles, a política deve, por meio da ética, garantir o equilíbrio da sociedade. Diante de tal contexto, a falta de investimentos para mitigar esse impasse, como a criação de clínicas de reabilitação para dependentes químicos, inviabiliza uma resolução adequada do problema. Dessa forma, o Estado realiza a "guerra" às drogas, no qual a violência é sistematizada  para combater essa, o que dificulta a obtenção do bem-estar por parte da população brasileira.      Medidas são necessárias, portanto, para alterar esse cenário nefasto e mitigar os danos causados pelo tráfico de drogas e, consequentemente, pela violência na contemporaneidade. Destarte, urge que o Ministério da Fazenda promova a redução do número de usuários de drogas, por meio da ampliação do investimento em criação de clínicas de reabilitação, bem como com a preparação de profissionais especializados para lidarem com os dependentes químicos, com o fito de reduzir a demanda por entorpecentes e, assim, desestabilizar o tráfico de drogas. Dessa forma, será possível constituir uma sociedade mais justa e igualitária que siga, de maneira mais eficiente, as prerrogativas da Constituição Federal de 1988.