Enviada em: 12/07/2017

O índice de violência no Brasil aumenta a cada ano. Para se ter uma ideia, basta assistir aos telejornais para ver a quantidade de homicídios, latrocínios e outros crimes decorridos, principalmente, nos centros urbanos. De fato, vários fatores aceleram essa estimativa, destacando-se o tráfico de drogas, comércio ilegal altamente lucrativo capaz de propiciar prejuízos na maioria das vezes irreparáveis à sociedade.        Combater essa situação configura-se um desafio nacional, uma vez que a raiz dessa mácula associa-se a poderes aquisitivos. De acordo com levantamento da Consultoria Legislativa da Câmara de Deputados, o comércio ilícito gira aproximadamente R$ 15,5 bilhões ao ano, nacionalmente. Daí, depreende-se o tamanho do problema a ser solucionado, visto que não se trata de simples viciado da Cracolândia, mas de facções organizadas que alimentam esse mercado e corroboram as estatísticas. Exemplo disso, foi a apreensão mostrada no Fantástico, jornal de entretenimento, em que malas contendo 30 quilos de heroína eram despachadas para Lisboa e Portugal por meio de um forte esquema que envolvia desde funcionários do aeroporto até sucedidos ex-presidiários.        Concomitantemente a essa comercialização ilegal, vão surgindo os prejuízos aos cofres públicos, dado que são gastos bilhões para se o combater o tráfico organizado. Além disso, em decorrência dessa realidade, os cidadãos brasileiros das grandes metrópoles estão sendo encurralados, perdendo os seus direitos de ir e vir, uma vez que já existem lugares dominados pelo narcotráfico. Recentemente, uma menina de 11 anos foi morta dentro da escola por uma bala proveniente do confronto entre os traficantes e a policiais do Rio de Janeiro. Essa adolescente, lamentavelmente, é mais uma das inúmeras vítimas dessa guerra declarada.           Episódios como estes mostram o quanto a sociedade precisa se articular para combater esse trágico cenário e, consequentemente, assegurar os direitos da população. Em primeira instância, os cidadãos brasileiros não só precisam ir às ruas em manifestos , mas também contribuir com os órgãos responsáveis por meio de denúncias, a fim de facilitar o serviço da justiça. Em segunda, as políticas públicas precisam buscar a consolidação de programas e órgãos, na União, estados e municípios, incluindo o Judiciário e o Ministério Público para que medidas ainda mais extensivas sejam aplicadas à prevenção e à repressão ao tráfico organizado. Pois, segundo Oslain, diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal (PF), " a prioridade não deve ser apenas a apreensão da droga e sim a identificação dos grupos organizados bem como a desarticulação deles."