No início de 2017 grandes revoltas acometeram os presídios de diversos estados brasileiros. Segundo o Guia Atualidades os confrontos foram principalmente entre duas facções o Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho. Em suma esses eventos são consequência direta do tráfico de drogas e da relação do estado para com esse fenômeno. Infelizmente o exemplo da lei seca norte-americana não foi suficiente para demonstrar a ineficiência da proibição do consumo de narcóticos que nesse território gerou um empoderamento do crime organizado e corrupção, o que é demonstrado claramente no filme O Poderoso Chefão. Como explicar essa situação? Segundo fontes divulgadas na mídia aproximadamente 12 milhões de pessoas não tem emprego no território nacional. Além disso, a educação é pífia e falha em seu objetivo de formar um cidadão crítico. Segundo o historiador José Pontes Schayder em seu livro passando a limpo o estado se preocupa muito mais com o desenvolvimento econômico que o social, sendo conivente com a desigualdade, ou mesmo fechado os olhos. Para muitos políticos, jornalistas e pensadores a solução é simples. Muitos acreditam que basta prender, encarcerar e reprimir cada vez mais. Um exemplo de um expoente desse pensamento é o deputado Jair Bolsonaro, que frequentemente oferece declarações extremamente polêmicas sobre esse assunto. Contudo o Brasil com a quinta maior população presidiária do mundo, entre os dez mais violentos, parece atestar que esse pensamento falhou. Traçando ainda um paralelo com a situação americana, que inspirou a nacional, segundo o documentário a 13° emenda, um terço dos negros estão em presídios naquele país, provando a falência e a injustiça do sistema, esse fenômeno inclusive gerou muitos protestos naquele país. Ainda há o exemplo da Indonésia, lá o traficante é condenado a morte, mesmo assim o tráfico não cessou. Concluindo, a solução não é simples, segundo o ex-presidente norte-americano Ronald Reagen o melhor programa social é o emprego. Contudo considerando que nenhum país do mundo erradicou o desemprego e que todos convivem com alguns problemas em certa medida deve-se escolher uma ação mais ampla. Primeiramente deve-se incentivar o engajamento social na causa, um ótimo meio é a implementação de APACs, essa instituição é responsáveis por ressocializar o preso oferecendo educação, orientação, trabalho e cuidados. É importante citar que ela se baseia em trabalho voluntário e que é muito menos custosa para o estado que um presídio. Finalmente é fundamental descriminalizar as drogas e pensar junto as universidades públicas programas de orientação para o combate a seu consumo e a conscientização dos alunos desde a educação básica.