Enviada em: 07/05/2018

Sob a perspectiva da teoria newtoniana, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em repouso até que uma força satisfatória atue sobre ele, é possível reaver a questão da transfobia para além da dinâmica, em uma constituição sociológica. Por conseguinte, analogamente, a reflexão e o diálogo agem como métodos de amparo para a transformação do âmbito vigente.  Vanguarda ao Pai da Física Moderna, Émile Durckeim discute que o homem, mais que formador do meio é produto dele. O conceito do sociólogo francês conduz a uma avaliação sobre a discriminação e a intolerância como frutos de uma ideologia social que persiste e banaliza, de certa forma, as condições de violência e desigualdade sujeitas à esfera atingida.  Outro ponto consoante é a definição de “Outrospecção” do filósofo australiano, Roman Krznaric, que defende o olhar para fora, para o próximo, a fim reconhecer outras pessoas e culturas, perante a sociedade introspectiva hodierna. Desse modo, o individualismo contribui com a perpetuação dos desafios enfrentados por travestis, transexuais e transgêneros, devido a redução da estima sobre o bem-estar dessa minoria, que tem um representante assassinado a cada 48 horas, no Brasil.  Corroborando com a tese de Newton, urge, portanto, a demanda pelo combate. O Ministério da Educação, em parceria com os meios de comunicação, sob a supervisão do CONAR, deve investir em campanhas publicitárias, de nível nacional, que visem conscientizar sobre respeito e alteridade ao meio trans. Outrossim, é viável ao MEC a exibição de palestras voltadas a identidade de gênero, ministradas por profissionais da psicologia, em escolas de ensino médio, com intenção de criar um espaço para discussão e ademais formar uma geração mais empática à valorização a diversidade de gênero no país.