Enviada em: 20/06/2018

De  acordo com Max Weber, assim como a sociedade pode mudar o indivíduo, o indivíduo também pode mudar a sociedade. Nessa perspectiva, objetivando promover mudanças no que tange à persistência da transfobia do Brasil, Estado e cidadãos devem se unir com o intuito de solucionar esse problema preocupante. Logo, discutir sobra a falta de segurança pública e de educação é imprescindível para concretizar as transformações.    Diante de um cenário no qual o número de mortes dos transexuais no Brasil só aumentou com o passar dos anos, como mostra pesquisa feita pelo grupo LGBT da Bahia, é inadmissível que haja pouca destinação de recursos à segurança dessa minoria por parte do Estado. Prova disso se encontra nas leis brandas e inespecíficas que atuam na proteção desse grupo social ameaçado pelo preconceito. Nesse sentido, a falta de criminalização da transfobia abre margem para a impunidade e prejudica a notificação desse crime de ódio, por não existir um respaldo na lei que atue de forma assertiva na punição dos agressores. Logo, é de fundamental importância que, mediante investimento estatal, os transsexuais sejam protegidos legalmente através da tipificação da transfobia como crime.    É essencial, sob outra óptica, combater a intolerância, causa primeira da ocorrência desses crimes. Nesse sentido, seguindo o pensamento da primeira deficiente auditiva e visual a ser graduada em licenciatura, Helen Keller, o maior produto da educação é a tolerância. Dessa forma, a fim de impedir que mais mortes de transexuais aconteçam, a sociedade precisa educar melhor seus indivíduos para desconstruir a mentalidade preconceituosa por trás da transfobia. Assim, o Brasil conseguirá fazer com que seus cidadãos entendam a necessidade de tratar todos com dignidade e respeito sem discriminação.   É seguro afirmar, portanto, que Poder Público e coletividade devem trabalhar em conjunto para combater a transfobia no país. Para tanto, é necessário que o Ministério da Segurança Pública, em parceria com a Justiça Federal, criminalize a transfobia com o objetivo de tornar as leis mais específicas para que possam agir de maneira efetiva ao punir os agressores, diminuindo a sensação de impunidade. Ademais, é preciso que a Sociedade Civil Organizada leve às escolas, com a obrigatória presença dos pais, projetos e campanhas sobre a importância da tolerância na garantia da equidade de tratamento a todos os grupos sociais, sem exceção, por meio de palestras e atividades lúdicas, com a intenção de ensinar as crianças, desde cedo, a respeitar as diferenças. Tomando essas atitudes, o Brasil conseguirá impedir que mais mortes de transexuais passem despercebidas ao seguir o pensamento de Max Weber unindo os atores socais responsáveis pelas mudanças dos paradigmas. exist