Enviada em: 21/08/2018

No clipe de "E quanto a nós?" da cantora internacional Pink, é retratado a incerteza em relação ao futuro bem como a violência, intolerância e o preconceito contra as minorias. De maneira análoga aos transexuais que, mesmo após avanços legais, a conjuntura de iniquidade permanece e reflete na sociedade brasileira, seja pela constante violência com o grupo, seja pelo prejulgamento acerca do diferente.    Primeiramente, destaca-se que estão ocorrendo mudanças legislativas com a minoridade, à medida que o uso de nome social já é reconhecida legalmente para o registro civil, saúde e algumas faculdades nacionais. Porém, o problema da violência está longe de ser resolvido, porquanto segundo a ONG internacional Transgender Europe (TGEU) no intervalo de sete anos (2008 e 2014) foram registradas cerca de 604 mortes por transfobia no país. Ademais, não há uma lei própria que pune a agressão contra os transgêneros no Brasil, o que dificulta a consulta de dados que podem ser ainda maiores. Diante disso, evidenciam-se as falhas do estado na efetivação dos caminhos para o combate a violência com travestis e transexuais no Estado brasileiro.   Igualmente, vê-se que o julgamento antecipado com o grupo está em constante aumento e chegando a ser o fator essencial para a persistência da problemática. Conforme a frase irônica do escritor Luiz Gasbaretto, enfrentar preconceitos é o preço que se paga por ser diferente; portanto, se tratando se uma comunidade distinta da tradicional, os transexuais estão submetidos a viver com a discriminação, uma vez que a sociedade brasileira têm seus preconceitos arraigados na educação e na família tradicional patriarcada. Diante disso, nota-se que esses fatores contribuem para o constante desrespeito e preconceito com a população transexual nacional.   Urge, consequentemente, que o governo em Parceria com o MEC, promova projetos educacionais sobre identidade de gênero nas escola, através de uma ampla divulgação midiática que inclua propagandas televisivas, entrevistas em jornais e debates entre professores e alunos. Outrossim, o poder legislativo (deputados e senadores) deve criar uma lei própria que puna só, e exclusivamente, a violência com os transexuais, por meio de consultas públicas e pesquisa de dados com os altos números de agressões com o grupo. Nesse sentido, o intuito de tais medidas, deve ser o diagnóstico das carências de cada ambiente escolar, e erradicação do preconceito e da agressão. Com isso, poderemos, enfim, responder a pergunta da popstar e nos firmar como uma nação que respeita e aceita a presença de transgêneros no Brasil.