Enviada em: 23/08/2017

Sabe-se que uma sociedade que busca garantir o convívio social harmônico entre seus membros, cria mecanismos de inserção social capazes de permeabilizar tal ação. No entanto, no Brasil, nota-se que a ausência dessas estrategias vem, cada vez mais, aumentando os casos de agressões físicas, preconceitos, ofensas verbais e de intolerância presencial com pessoas transsexuais.       Primeiramente, é importante pontuar os motivos que fomentam a aversão aos transsexuais no território nacional. Segundo dados do jornal O Globo, dois terços das agressões cometidas contra o público transgênero são motivadas, unicamente, pela rejeição de sua orientação sexual. Nesse sentido, a pressão e o medo de interagir com naturalidade com os demais membros da sociedade ocasionam problemas psicológicos nestas pessoas.       Além disso, cabe também destacar os fatores que comprometem a aceitação do tecido social transsexual na sociedade. Dentre eles, a hierarquia tradicional cultural, que conceitua de forma errônea a ideia de gênero sexual. Esta tende a condenar o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo e repudiar, completamente, o processo de mudança sexual física. Nesse contexto, o indivíduo transsexual sente-se incompatível com a sociedade que convive, levando-o, muitas vezes, a quadros de tristeza e depressão.       Fica claro, portanto, que a intolerância presente na sociedade brasileira tem contribuído para a desarmonia de sua população. Dessa forma, cabe aos deputados estaduais desenvolverem leis que obriguem as empresas públicas e privadas a publicarem em seus estabelecimentos cartazes com mensagens conscientizadoras, que levam clientes e funcionários  a reflexão sobre a temática abordada. Ademais, cabe as escolas abrirem espaço para que representantes de ONG's realizem palestras aos estudantes de ensino fundamental e médio, para difundir uma melhor aceitação social dos transsexuais. Assim, teremos uma sociedade mais isônoma, que tende respeitar as diferenças do próximo.