Enviada em: 25/08/2017

Em 2001, a deputada Iara Bernardi criou um projeto de lei que equiparava o crime de homofobia ao de racismo. Sua aprovação seria um avanço contra a violência que os gays têm sofrido, no entanto, o projeto ficou parado durante oito anos e depois foi arquivado. Essa é apenas uma das situações que mostram o descaso com que esse grupo é tratado e, por isso, a transfobia precisa se tornar uma questão de debate social no Brasil.   Durante muitos anos, o Brasil possuiu uma estrutura familiar patriarcal e essa herança é uma das responsáveis pela não aceitação quanto as diferenças de gênero, um assunto que está tendo mais expressão neste ultimo século. Essa questão, que é uma das raízes do preconceito, potencializa a violência contra essas pessoas, que vai desde à esfera social, como o bullying e a falta de oportunidade de emprego, até à física, ocasionando lesões e morte, sendo que, atualmente o Brasil ocupa a liderança em assassinatos de LGBT no mundo, de acordo com o Jornal r7.   Como consequência do abandono e discriminação, principalmente familiar, junto com a ausência de trabalho, muitos transgêneros se vêem obrigados a se prostituírem, segundo a transfeminista Daniela Andrade, uma atividade considerada subemprego no Brasil. Outrossim, a porcentagem crescente de morte de homossexuais, que de 2015 para 2016 aumentou 166%, como aponta o Jornal O globo, e a carência de discussão sobre o assunto no âmbito legislativo, retratam a importância de um debate nacional sobre o tema.   Devido aos aspectos supracitados, vê-se que é necessário que o Ministério da Educação crie cartilhas educacionais com o tema da transfobia e que retrate a importância do respeito ao próximo, independente do gênero, para que o preconceito possa ser tratado desde cedo e a geração futura entenda o valor do amor ao próximo. Soma-se a isso, a obrigação do Congresso Nacional levar a frente leis que englobem à justiça com essa minoria, para que isso iniba os crimes que poderiam ser cometidos contra ela.