Enviada em: 02/09/2017

De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um "corpo biológico", por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos do cidadão sejam garantidos. Contudo, no Brasil, isso não ocorre, pois em pleno século XXI os transexuais ainda são alvos de violência. Esse quadro de persistência da violência contra esse setor é fruto de preconceitos enraizados historicamente e da inexistência de uma legislação protetiva específica para essa parcela socialmente vulnerável da sociedade.     Durante a ditadura militar brasileira, a transfobia sempre esteve presente, como por exemplo,na retirada de travestis de bairros estritamente residenciais,no limiar da década de 80. Dessa forma,até hoje algumas pessoas acham normal tratar transexuais de maneira diferenciada e até desrespeitosa. A consequência prática dessa visão homofóbica é a violência,que coloca o Brasil no topo da lista de países onde mais se pratica crimes contra as minorias sexuais, segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB).   Além dessa visão hostil,a ausência de uma lei que coíba antos discriminatórios contra transexuais contribui para o surgimento de novos casos. Uma vez que agressões físicas contra essa parcela da população são tipificadas nas delegacias como simples lesões corporais e não como crime de ódio. Aplicando-se, então, penas mais brandas em desfavor dos agressores, o que desmotiva as vítimas de denunciarem novos abusos.   Destarte,depreende-se que raízes históricas potencializam atos preconceituosos de transfobia no Brasil.Torna-se imperativo que o Estado, na figura do Poder Legislativo,torne -por meio de lei- a homofobia um crime, afim de punir com maior rigor os agressores. Ademais, urge que a mídia propague o respeito a diversidade sexual por meio de novelas e seriados e a escola promova debates com lideres dos movimentos LGBT. Assim, porder-se-á  combater a transfobia no Brasil.