Enviada em: 07/09/2017

Harvey Milk foi o primeiro político abertamente homossexual do mundo, ele batalhou pelo direito dos LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), mas foi assassinado por outro deputado conservador. Atualmente no país enfrentamos um grave problema de transfobia, que mata violentamente uma parte da população. A falta de legislação que fale sobre o assunto e a obscuridade imposta aos homossexuais e transexuais é um perigoso legado da sociedade patriarcal em que vivemos.      No Brasil foram mortos 343 homossexuais em 2016, dentre eles muitos transexuais, isso qualifica o país como o que mais mata gays no mundo. Muito além da compreensão, é importante que uma gama de normas jurídicas sejam criadas para proteger estas pessoas. Leis que equiparem a homofobia ao racismo, que garantam o cumprimento da Constituição Federal e que demostre que o Estado não irá proteger quem mata um nicho social por preconceito. No entanto, o congresso demonstra achar o assunto menor, seja por questões religiosas, seja por machismo.     O preconceito vivenciado por LGBT's em sua natureza é algo muito cruel. O documentário "A máscara em que você vive" mostra como a sociedade patriarcal crucifica os meninos mais afeminados na primeira e segunda infância, já na fase adulta quando a decisão de mudança de sexo é tomada, o preconceito se amplifica. O obscurantismo delegado pela sociedade aos transexuais é selvagem, a ponto empregos, moradia e a convívio social lhes serem negados. Ou seja, o povo se silencia, fingindo que eles não existem, mas estão na realidade, os matando.     Palestras nas escolas a partir do ensino básico, instrução de professores para que eles saibam lidar com essas questões e estudo e criação de leis federais que protejam esta população, são, portanto formas de lidar com a transfobia no Brasil. Desta forma, os direitos inalienáveis de segurança, saúde e lazer pregados pela Carta magna se apliquem a todos os ramos da sociedade.