Enviada em: 08/09/2017

Em "Supermax", a transexual Janette é agredida vitima de intolerância ao ter seu segredo revelado. Fora das telas, esse cenário faz-se presente no cotidiano da sociedade brasileira, tornando-se indiscutível o nível de intolerância da população brasileira. Fato esse, é possível perceber, o elevado índice de homicídios de travestis e transexuais. No entanto, o artigo 5° da constituição afirma que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade à vida, à liberdade, à igual, à segunda e a prioridade. Diante disso, faz-se necessária a reversão deste quadro em âmbito nacional.       É indubitável que a transfobia se tornou um dos principais problemas que circundam a sociedade brasileira. Segundo pesquisas do Grupo Gay da Bahia (GGD), a expectativa de vida de travestis e transexuais é de 35 anos, menos da metade da média nacional, além de terem sido registradas mais de 160 mortes no ano de 2016. Ademais, a ONG Transgender Europe divulgou dados constando a morte de 604 pessoas entre os anos de 2008 e 2014, tornando o Brasil, o país mais transfóbico do mundo.       Outrossim, vale ressaltar que o combate contra a transfobia vem "ganhando voz". Tal perspectiva e suas consequências são constantemente matéria jornalistica. Bom exemplo disso foi o episódio de tortura ocorrido com Dandara dos Santos, tornando se evidente o discurso de ódio e preconceito acerca da identidade de gênero da vitima, que teve grande repercussão no Brasil e no mundo, com maior enfoque às consequências da transfobia e à importância da sua prevenção e discussão, dando início a um projeto de lei que pretende classificar o LBGTcidio como crime hediondo.     Torna-se evidente, portanto, a necessidade no âmbito nacional da aprovação e adoção da lei Dandara dos Santos que visa à criminalização da LGBTfobia, além de um investimento por parte do poder público em campanhas de conscientização. Ademais, da atuação das instituições escolares na promoção de umas educação voltada ao respeito, valorização da diversidade, e principalmente afim de combater a violência tanto física, quanto psicológica dentro do ambiente escolar. Outrossim, cabe a imprensa e a mídia, uma maior divulgação sobre o direitos humanos, assim como campanhas de incentivos às denuncias e debates que incentivem o respeito às minorias.