Enviada em: 06/09/2017

Minorias Fragilizadas      A identificação sexual, que, no Brasil, até o século XXI era classificada unicamente pela questão biológica de gênero, atualmente é algo mais complexo, do qual não depende apenas de uma condição orgânica, mas, também, psicológica. Entretanto, ainda se observa um constante desconhecimento ou preconceito habituado na cultura brasileira, do qual se protagoniza em muitos casos de violência envolvendo a transfobia, caracterizada pelo preconceito para com os transsexuais, indivíduos, estes, que se identificam como sendo de um gênero oposto ao seu biológico. Com base nisso, pode se afirmar que a transfobia, além de ser uma discriminação, é um problema de segurança e saúde pública.      Não é de hoje, que a violência persiste no Brasil, mas verifica-se um número alarmante composto por sujeitos que a sofrem diariamente, mais especificamente os transsexuais. Isso se deve ao fato de que, essa minoria, ao se expor em um convívio social, é oprimida pela cultura homofóbica vigente. Em paralelo, observa-se que esses fatores de violência, corroboram para o aumento do número anual de assassinatos de transsexuais, que é grande constituinte do índice de homicídios no Brasil. Diante dos fatos, é válido dizer que a questão da segurança é decisiva no controle dos índices de violência  contra os transsexuais.      Em congruência, o indivíduo que se identifica como transsexual, pode sofrer ao não se conformar com sua condição sexual biológica e ter medo de não ser aceito como um novo gênero à visão de sua família e sociedade. Em função do exposto, doenças psicológicas sérias podem surgir e afetar a vida desses indivíduos de maneira mais danosa. Através disso, se fez necessário que o SUS( Sistema Único de Saúde) garantisse o direito aos transsexuais de receberem tratamentos médicos especializados, porém, há pouco investimento no sistema e muita demanda de pacientes com as mesmas necessidades.      Em suma, ao se fazer uma analogia do tema com a teoria da seleção natural das espécies, do cientista britânico Charles Darwin, entende-se que as diferenças entre os indivíduos são positivas para a perenidade de uma população. Haja vista a importância, medidas são necessárias para garantir a segurança e a saúde dessas minorias. Uma vez que a falta de segurança é determinante para a ocorrência de violência contra os transsexuais no Brasil, é viável uma ação ministro da segurança pública em conjunto com as polícias do Estado, a fim de criar investigações específicas para crimes envolvendo a transfobia. Ademais, em relação a saúde pública, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, em parceria com o Ministério da saúde, poderia direcionar recursos financeiros de outros investimentos para o SUS. Dessa forma, a população transsexual teria um maior acesso aos tratamentos especializados.