Enviada em: 15/09/2017

Não é difícil lembrar de notícias sobre atos de violência e intolerância com travestis e transsexuais. Essa imagem tornou-se frequente nos dias de hoje, visto que, vivemos em uma sociedade em que as questões relacionadas à diversidade de gênero são negligenciadas. Nesse contexto, torna-se necessário o debate sobre os crimes de transfobia no Brasil, causados, sobretudo, pela falta de conhecimento e atitudes preconceituosas oriundas de questões religiosas.    Um dos tópicos que devem ser abordados é a sexualidade, no século XXI, ainda ser vista com um tabú. Embora novelas e campanhas publicitárias utilizem o apelo sexual para atrair a atenção do público, a discussão sobre sexualidade nos lares brasileiros não é comum. É indubitável que essas mídias, muitas vezes, tenham efeito negativo sobre o comportamento dos indivíduos, distorcendo a realidade em questões como, por exemplo, orientação sexual e diversidade de gênero. Esse impasse não é atual no século XVI o filósofo Francis Bacon, através da teoria dos ídolos postulava que a falta de questionamento dos pensamentos difundidos levam ao afastamento do conhecimento verdadeiro. Dessa forma, faz-se necessário que os mecanismos educacionais proporcionem uma situação que incentive os indivíduos buscarem informações sobre o tema.   Ademais, não há dúvidas que além da ignorância, preceitos difundidos em algumas religiões contribuam para perenizar o impasse. Um exemplo disso pode ser percebido através do vídeo, difundido mundialmente, no qual islâmicos são chicoteados em praça pública, sob a acusação de terem realizado práticas homossexuais. Apesar do dever de respeitar todas as tradições e cultos, é inegável que a punição e a promoção de desprezo à diversidade sexual e de gênero contrária os direitos humanos, logo, sendo caracterizado como um crime. Diante disso, percebe-se que as posições de algumas organizações devem ser questionadas, a fim de garantir o bem estar social dos indivíduos.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em primeiro lugar, o Ministério da Educação em parceria com as mídias devem realizar campanhas publicitárias, nas quais profissionais especializados abordaram assuntos sobre diversidade sexual e de gênero que gerem mais dúvidas na população, acredita-se que através dessas medidas os indivíduos ficarão instigados a buscar mais informações a respeito. Dando continuidade, a ONU junto a ONG´s de defesa aos direitos LGBTT´s desenvolverão projetos nas comunidades, como palestras e rodas de conversas, nessas atividades vítimas de preconceitos darão seus testemunhas das dificuldades enfrentadas diariamente, assim, prevê-se que levará as pessoas questionarem os preceitos de algumas religiões que incitam o ódio contra esses indivíduos. Só assim, casos de transfobia deixarão de ser frequentes no Brasil.