Enviada em: 20/09/2017

Nota-se que a transfobia no Brasil, mesmo obtidos avanços nas últimas décadas e tendo auxílio da mídia com a abordagem dessa problemática na novela. Percebe-se que o preconceito, a violência, ainda fazem parte do cotidiano dessa minoria. Isso persiste, devido a uma omissão do Estado, o qual, não priora leis que assegurem essa classe contra os crimes de ódio. Somado a isso, há também a secundarização de uma educação conscientizadora pautada no esclarecimento do que é identidade de gênero na sociedade.   Atualmente, é notável que o Brasil passa por uma contradição interna, pois tem a maior parada gay do mundo e lidera o ranking dos países que mais assassinam LGBT's. Essa situação só se estabelece por ausência de políticas públicas que garantam não só a promoção da vida, como direitos trabalhistas. Já que, há preconceito contra transexuais e travestis no mercado de trabalho formal, por isso, mais de 90% delas migram para a prostituição, conforme a ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais). Esta invisibilidade fomentada pelo poder judiciário inoperante, contribui para que a violência se encroste, cada vez mais, e casos como a da travesti Dandara dos Santos, ocorram rotineiramente. Ela foi apedrejada e morta a tiros no Ceará, em março deste ano, dados do G1 Globo.   Além da falta de políticas públicas efetivas que promovem á dignidade humana decorrente  de uma inadimplência do governo, outro fator que corrobora para a persistência da transfobia no Brasil é a ausência de conscientização á respeito da identidade de gênero na sociedade. Fruto também, de um descaso governamental que ao escantear á educação, inibe a condição do senso crítico, no qual, defende o pedagogo Paulo Freire, isso porque ele prime por uma educação transformadora. Essa falta de conhecimento dissemina a promoção do preconceito, da intolerância  no País. A comprovação disso, foi a morte do ambulante Luiz Carlos, o senhor de 54 anos foi pisoteado até a morte por ajudar uma travesti no metrô de São Paulo, segundo fontes  do Jornal folha de São Paulo. Portanto, medidas devem ser tomadas para combater a transfobia na sociedade. Para isso, é necessária uma educação ao moldes freirianos nas escolas, fornecidas  pelo Estado, para promover o senso crítico e minimizar o preconceito; Palestras sobre identidade de gênero, nas instituições de ensino, para esclarecer a população sobre essa problemática, juntamente uma campanha que vise lutar contra a transfobia, fornecidas pelo poder legislativo. Cursos profissionalizantes como informática, para que as transexuais e travestis possam sair do trabalho informal, assegurados pelo Estado. A permanência do âmbito midiático  no combate a transfobia, com mais novelas, programas. Com o intuito de educar a população.