Enviada em: 23/09/2017

A sociedade moderna, beneficiada pela globalização das informações, percebeu a importância de debater as diferenças ideológicas e ponderar antigas tradições que, conscientemente ou não, propagaram um forte preconceito ao longo de muitos anos. Diferentemente da realidade doméstica vivenciada pelas gerações anteriores, nos dias atuais, é comum a discussão de assuntos relacionados ao respeito às diferenças no ceio familiar. Todavia, esses debates estão longe de apresentar avanços significativos para a sociedade. Um dos segmentos que mais sofrem para conquistar seu espaço é o da comunidade LGBT. Os debates, as campanhas publicitárias e, até mesmo, as legislações atuais não têm sido suficientes para estancar o processo preconceituoso e violento que impede a manifestação pública de pessoas com opções sexuais alternativas. Pior que isso, nega a garantia constitucional de igualdade e dissemina a barbárie homofóbica com a condescendência das autoridades. Por incrível que pareça, segundo pequisas, as regiões mais urbanizadas e desenvolvidas, que deveriam ser mais esclarecidas, são as que mais cometem crimes de ódio contra a comunidade LGBT. É importante destacar que, nesse processo de conquista de espaço e reconhecimento social, o respeito mútuo deve nortear as ações e os comportamentos de parte a parte.  Reivindicar respeito, desrespeitando as opiniões contrárias, parece ser incoerente. A verdadeira política de gênero deve ser imparcial. Os direitos dos homossexuais não pode sobrepor os direitos dos heterossexuais e vice-versa. A existência de simpatizantes não impede a existência de resistentes. Todavia, a única coisa que deveria ser consenso, é que a violência não conduz a solução alguma e que somente um debate verdadeiramente respeitoso e democrático é capaz garantir uma sociedade igualitária, independentemente e que garanta a opção sexual de cada um.