Enviada em: 14/10/2017

Se nos anos 70 com o auge da Tropicália o pluralismo de ritmos causaram grande agitação social, hoje, a questão do gênero passa por um processo semelhante. Seja pelo desconhecimento acerca da diversidade do mesmo, assim como o desamparo perante à justiça, aversões, como a transfobia surgem e tolhem as possibilidades de soluções.       É necessário, em primeiro lugar, destacar a imposição de valores que acaba por restringir a discussão. Desde muito tempo que a lógica conservadorista adota uma noção de sexo como algo universal, isto é, as mesmas identidades e papéis sociais. Entretanto, isso não se configura com os transexuais, aqueles cuja identidade de gênero difere daquele designada no nascimento. Dessa maneira, enfrentam dificuldades no que tange aos seus direitos e o pertencimento em sociedade e, que consequentemente são estigmatizados.       Outrossim, há ainda imbróglios no tocante às políticas públicas para com a problemática. Isso porque o projeto de lei da Câmara 122, o qual criminalizava preconceitos à orientação sexual e identidade de gênero fora arquivado. Além disso, de acordo a Secretária de Educação Continuada, cerca de 38,2% da pessoas em ambiente escolar tem aversão em relação ao gênero. Evidenciando dessa forma, que o preconceito e a violência contra os LGBT é alimentada graças a essa lacuna da lei.        Fica claro, portanto, que a transfobia é algo a ser superado entre a população tupiniquim. Por isso, é fundamental que a escola em parceria com o Ministério da Educação promovam estudos e palestras que privilegiem o diálogo aberto sobre a diversidade de gênero a fim de incutir o respeito desde já nos pequenos. Pois, já dizia Helen Keller que o resultado mais sublime da educação é a tolerância. Cabe também, ao Supremo Tribunal Federal, a reconsideração da lei arquivada bem como a presença efetiva do Estado para a execução de tal medida no combate do preconceito. Já a mídia pode através de campanhas despertar a importância da tolerância nos indivíduos em sociedade. E por fim, o indivíduo deve agir de maneira altruísta diante as diferenças, conhecendo-as de maneira análoga ao efeito da dispersão luminosa, onde assim como a própria luz branca separa em vários componentes espectrais - feixes coloridos -, a identidade de gênero e orientação sexual tem suas singularidades e merecem respeito.