Enviada em: 25/10/2017

Casos de transfobia são recorrentes na mídia brasileira, como o de Carol Duarte, atriz que recebeu ofensas nas redes sociais pelo seu papel em uma telenovela brasileira. A banalização, fortificada com a baixa repercussão de casos de LGBTfobia nas mídias, acaba deixando mais pessoas vulneráveis na sociedade. A batalha para defrontar temas tabus, como as dificuldades LGBT's no contemporâneo, acarreta em crimes de ódio e suicídio, o que se deve a fatores culturais e sociais. Este, responsável pelo preconceito e aquele, por abranger o desconhecimento.   Em primeiro plano, o desconhecimento, por parte da população, é uma das vertentes para o crescimento do preconceito. A pouca discussão nos centros educacionais sobre transfobia e homofobia, faz crescer consideravelmente os ataques contra essas minorias. Essa onda crescente, discorre em outros assuntos da atualidade, como o aumento de 63% no número de suicídio entre os jovens, como apontado pela pesquisa Violência Letal contra as Crianças e Adolescentes no Brasil.   Outro fator importante é a baixa presença do governo em defender esses grupos. Segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 25 horas um LGBT é vítima da LGBTfobia. E falta de leis vigentes, corrobora com os números alarmantes de violência física e psicológica, a impunidade sobre os praticantes desses crimes conserva essa cultura de preconceito deliberado geração a geração. Os ataques em redes sociais são um claro retrato dessa realidade no Brasil.    Convém, portanto, uma discussão sobre o tema a fim de lidar com essa questão tão intrínseca na sociedade. A criação, por parte do governo, de uma lei que equipare esse discurso de ódio sexual e de gênero ao racial é importante  para atenuar e reconhecer os casos contra esses grupos. Entre as instituições de ensino e os jovens, a promoção de debates e palestras a fim de mobilizar o conhecimento as novas vertentes culturais, são necessárias para conseguir apoio e liberdade a essa população LGBT brasileira.