Enviada em: 29/10/2017

Pluralidade para crescimento                                                          Para o sociólogo Betinho, um dos pilares do desenvolvimento humano é a diversidade. Depreende-se, diante disso, que a transfobia é fato inaceitável que demanda debates mais frequentes no Brasil. Isso porque razões históricas, principais motivos do problema, podem ferir tal princípio sociológico e impulsionar prejuízos aos afetados pela problemática.    De início, nota-se que, assim como Durkheim alega, os costumes de um indivíduo são formados pela vivência em grupo e podem passar para as gerações subsequentes. O preconceito contra o diferente, pois, tem velhas raízes na sociedade brasileira: já na chegada da colonização portuguesa, os dogmas católicos que condenavam qualquer pessoa que não se encaixava nos padrões heterossexuais foram impostos na cultura do país tupiniquim, conduta que não era comum na cultura indígena. Não é à toa, por conseguinte, que transsexuais enfrentem dificuldades socialmente, visto que tal fundamento se perpetua em várias famílias. Destarte, como opção para combater esse canário, cabe à mídia criar conversas sobre o tema - seja por programas de entretenimento, seja por revistas que abordem o assunto -, de forma a ensinar que, conquanto a religião seja importante, a preservação dos direitos individuais - que já estão previstos na Constituição - é imprescindível em um Estado Democrático.    Nesse sentido, convém enfatizar que, conforme o Grupo Gay da Bahia, os assassinatos envolvendo o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais) cresceu cerca de 250% entre os anos de 2000 e 2016. Logo,  é perceptível que o preconceito contra esse setor promove violência que vai muito além de questões sociais e psicológicas, porquanto há, ainda, agressão física. Percebe-se, então, que o bem-estar dessas pessoas é demasiadamente afetado, o que deve ser repudiado, a fim de que todos disponham de conforto enquanto estiver na coletividade. Assim sendo, a discussão sobre o problema deve partir para níveis judiciais, de forma que o Poder Legislativo crie leis efetivas que, por meio de maior tempo de prisão e por pagamento de indenização por danos morais, punam quem praticar atos de ódio contra o setor LGBT.      A transfobia em debate no Brasil, portanto, deve ser amplamente difundida. Para tanto, ainda compete às escolas, por intermédio de aulas de sociologia que mostrem os alarmantes dados sobre o assunto e evidenciem as consequências da discriminação, garantir a propagação do respeito para com todos os cidadãos, independente da vertentes como sexualidade. Feito isso, garantir-se-á a pluralidade no país, de maneira a firmar excelentes lógicas do estudioso Betinho.