Enviada em: 11/02/2018

No que se refere a transfobia em debate no Brasil, pode-se dizer que a abertura da discussão sobre o tema, é um avanço não só social, como individual para as pessoas trans, já que nesse processo se abre a oportunidade de legalizar direitos civis ainda negados na atualidade e debater meios de combater a violência contra esse grupo. Nesse sentido, é necessário a discussão da problemática para promover os direitos e a pratica da cidadania dessa minoria.     É indubitável o questionamento da problemática, pois o Brasil é o país que mais mata transsexuais no mundo, segundo G1. Apesar de todo brasileiro ter direito constitucional a segurança, o seleto grupo de pessoas trans parece não ser beneficiado por conta da sua identidade de gênero, o que propulsa a teoria do  sociólogo Zygmum Bauman, a qual diz que a ''modernidade líquida'' trás a ascensão do individualismo, consequentemente, uma parcela da sociedade tende a não tolerar diferenças. Entretanto, essa intolerância pode ser desconstruída a base de conversas e debates de modo pacífico e didático, de forma que aproximem a realidade dos transsexuais a sociedade, visto que a informação é um meio de construção de uma base moral, que aperfeiçoa não só o indivíduo mas o meio.      Ademais, as questões constitucionais, tais como nome social, entram em pauta, mas parecem incomodar as bancadas religiosas - em um estado laico-. Sem o nome o social, a dificuldade de ter oportunidades de estudar e trabalhar são escassas, reforçando a exclusão e a marginalização do grupo, ou seja, as próprias bancadas do Congresso continuam a disseminar um futuro certo para pessoas transsexuais, já que elas não recebem nenhum tipo de oportunidade para integração na sociedade. Sendo assim, a discussão devem se basear em argumentos sólidos, que não se baseiem em nenhum tipo de religião para criar propostas, para que o objetivo seja unicamente de melhorar a qualidade de vidas dessas pessoas que são excluídas do meio social e acabam sofrendo diversos tipos de violência.         Entende-se, portanto, que o debate da transfobia no país é de extrema importância para conquistas do grupo  tanto no meio social quanto político. Nesse caso, para o melhor entendimento da comunidade na situação vigente, cabe ao Estado manter-se laico e instigar a conversa sobre o assunto, distribuindo cartilhas sobre diversidade tanto sexual, quanto de identidade de gênero com as devidas adequações de idade para seus respectivos públicos para mais conhecimento sobre o tema, além disso, os debates políticos para os direitos individuais dos trans são de extrema importância e devem criar projetos de inserção no meio social, tais como cotas em universidades e no trabalho , e o direito ao nome social, que implica ao respeito de gênero e maior facilidade de inclusão.