Enviada em: 13/04/2018

Invisíveis, subumanos e incompreendidos. Os transexuais e travestis são vítimas de ódio e discriminação, diariamente, em muitos países, como no Brasil. Nesse bojo, a transfobia, ações negativas em razão da identidade de gênero, reflete o contexto histórico e a influência familiar na sociedade brasileira. Afinal, como para Albert Einstein, "é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito".        Durante a Contrarreforma, a Companhia de Jesus atuou no Brasil com o objetivo de consolidar o cristianismo e implantar os seus dogmas no país. Nesse contexto, vê-se a importância da compreensão do papel da religião desde o início da colonização até os dias atuais, visto que grande parte da intolerância e da alienação são produtos históricos, ocasionados pela intransigência religiosa. Assim, a sociedade brasileira, machista homofóbica, conservadora e transfóbica, é a que mais mata lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, transgêneros e travestis (LGBT), segundo a Agência Nacional.     Outrossim, nota-se, também, que a influência familiar é decisiva para o número de casos de transfobia, já que os pais são os principais responsáveis pela formação moral e ética dos filhos. Nesse sentido, a falta de conhecimento revela a postura repudiante e desprezível das famílias, que acabam mantendo o ciclo da violência contra a comunidade LGBT por refletirem determinados aspectos negativos às crianças. Dessa forma, o problema cresce diariamente, de acordo com o Grupo Gay da Bahia, e a visibilidade dessa comunidade nos âmbitos sociais, como na política e educação, diminui.       Para reverter essa situação, portanto, medidas devem ser tomadas. Consoante a isso, o Poder Executivo, em parceria com a mídia, deve promover campanhas de conscientização sobre a transfobia, por meio da televisão, rádio e mídias sociais, evidenciando a gravidade do problema e incentivando a tolerância para diminuir os índices dessa violência. Além disso, o Ministério da Educação, por meio das escolas, deve realizar debates, palestras e discussões com a comunidade escolar (pais, alunos e professores) acerca do tema para garantir a aceitação das diferenças e a formação do conhecimento. Dessa forma, esse problema será só mais uma das abominações que marcaram a história.