Em 2017 houve uma operação que pôs fim a uma das maiores concentrações de dependentes químicos do país, a Cracolândia. Alguns dos usuários foram internados voluntariamente, outros se dispersaram pela cidade. As imagens caóticas da Cracolândia, colocaram em debate discussões sobre a legalização da maconha, a qual por alguns cidadãos, pode ser vista como a porta de entrada para outras drogas de caráter dependente e consequentemente para o aumento de criminalidade, além do redirecionamento de verbas do setor da saúde para o tratamento dos usuários. Conforme supracitado, muitas drogas vistas como inofensivas, acabam servindo como porta de entrada para outras substâncias, como a cocaína e a heroína. Com base nas políticas atuais e no sistema de saúde brasileiro, a legalização da maconha poderia aumentar significativamente o número de usuários da mesma e de outras outras drogas, colocando em cheque a segurança pública e gerando uma maior demanda ao sistema de saúde pública, os quais ao longo de décadas seguem fragilizados, não conseguindo atender de forma eficiente grande parcela da população. Em contrapartida, a legalização para uso recreativo passaria ser um problema governamental, pois dessa maneira haveria maior controle do número de usuários, e pelo fato da mesma ter um estereótipo maléfico por grande parte da sociedade, poderia ser controlada em valores, por meio do aumento de impostos, como é o caso do cigarro. Ademais, a legalização para uso medicinal em âmbito nacional, também continua em debate, mesmo com alguns pacientes já fazendo uso da mesma, como é o caso dos que fazem uso do canabidiol, substância extraída da maconha, a qual um de seus efeitos serve para o tratamento de convulsões. Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deve elaborar uma pesquisa, a qual será realizada em todos os estados brasileiros com cidadãos de todas as idades. A pesquisa terá como objetivo apurar as opiniões dos diversos brasileiros, sobre a legalização da maconha para uso recreativo e médico, afim de posteriormente implantar leis que assegurem a população da forma mais indicada.