Enviada em: 10/08/2018

O escritor russo Liev Tolstói afirmava que não se alcança a liberdade com mais "liberdade", mas sim com a verdade. Dessa forma, a liberdade não seria um fim, mas uma consequência. Ora, o pensamento do autor lança luz sobre aqueles ideais que se apresentam como uma panaceia para os males humanos. Nesse ínterim, a ideia da legalização da maconha, apresentada como solução para diversos problemas de ordem social, deve ser revista, à luz de pesquisas científicas e princípios filosóficos que possam servir de farol às mais adequadas ações dos indivíduos e governos.      Em primeiro lugar, observa-se que a ideia da legalização da maconha está ligada à ampliação de distúrbios de ordem social, entre idades variáveis. Por exemplo, em 2009, o uso da Cannabis foi legalizado no estado norte americano do Colorado. Em virtude disso, uma pesquisa feita pelo sociólogo Kevin Sabet, apontou um aumento substancial nos mais variados índices de acidentes e crimes. O estudo apontou que, entre os jovens com menos de dezoito anos, houve um aumento 39% superior à média nacional, no consumo, e entre os adultos, um aumento de 51%. Segundo o relatório, a causa do aumento do consumo deu-se pela maior facilidade com que a erva pode ser obtida, além de sua maior circulação entre grupos vulneráveis. Com efeito, entre outras estatísticas apontadas pelo pesquisador, estão: aumento de 100% no número de acidentes de trânsito fatais, entre os anos de 2007 e 2012; aumento de 32% no número de expulsões de alunos, por portarem maconha; bem como, um aumento de 82% no número de internações relacionada à droga.      Em segundo lugar, o consumo de maconha está relacionado ao surgimento de males neuropsicológicos. Segundo um estudo publicado na revista Jamal Internal Medicine, cientistas acompanharam um grupo de 3.400 americanos, durante o período de 25 anos, e, ao final da pesquisa constataram que aqueles que fumavam, cotidianamente, sofreram lapsos de memória e diminuição na agilidade cognitiva. A pesquisa apontou a exposição às propriedades alucinógenas com causa que contribuiu para o quadro final registrado. Por conseguinte, também foi registrado uma maior incidência de depressão e dependência.      Portanto, tendo em vista as problemáticas elucidadas, cabe ao governo, através do ministério da saúde, e da segurança pública, em parceria com as secretarias estaduais, atuar preventivamente, de modo que a "cultura da maconha" possa ser mitigada, por meio de ações policiais que reprimam a circulação da droga, bem como pela difusão de um ideal científico antidrogas, assim, trazendo para a maconha, o mesmo status que as campanhas antitabagistas conseguiram para o cigarro. Desse modo, passará a existir uma sociedade que alcança a liberdade, por antes ter se preocupado com a verdade.