Enviada em: 19/10/2018

O consumo de maconha era algo comum, até declararem guerra às drogas no século XX. A criminalização de seu consumo se deu como um freio à ciência, demonizaram-a e, até hoje, é muito difícil convencer alguém de que maconha pode, sim, ser remédio. Igualmente, seus usuários foram punidos com esteriótipos, como "preguiçoso". A proibição das drogas, não só da maconha, acabou por fortalecer o tráfico de drogas que, no Brasil, toma conta de boa parte do território e, constantemente, gera prejuízos à população com as disputas de território entre facções. Proibir foi um erro, mas a legalização é um caminho que pode trazer muitos avanços à sociedade.       Acerca desse assunto, o uso de medicamentos à base de maconha foi permitido no Brasil em 2014, contudo ainda é muito difícil conseguir a permissão para o uso desses remédios. Isso porque, embora o sucesso seja comprovado com, por exemplo, o canabidiol no tratamento de parkinson e autismo, pouquíssimas pessoas conseguem autorização para o uso. Isso ocorre por conta da rigidez da lei contra o uso de drogas no Brasil e também pelo preconceito de muitos. Dessa forma, muitas famílias acabam movendo processos para o acesso ao medicamento.        Igualmente, embora a proibição do uso e venda de drogas tenha sido "bem intencionada" visando diminuir, e até acabar com o consumo, coisa que não aconteceu. Isso porque os usuários continuaram buscando o acesso às drogas, e acabaram por fortalecer o tráfico que hoje domina muitas áreas do país, como afirma o UOL quando diz que o PCC hoje domina 8 estados da federação. Além disso, a legalização seria uma forma muito rápida e eficaz de combate ao tráfico, como afirmou o ex-traficante Nem da Rocinha em entrevista à Carta Capital.       Logo, é fundamental que o consumo de qualquer droga seja descriminalizado pelo legislativo, mas que a descriminalização seja acompanhada por investimentos públicos em saúde e educação. Dessa forma, seria adicionado à Base Nacional Comum Curricular um programa de estudos sobre os prós e contras do consumo de drogas. Além disso, é primordial que o Sistema Único de Saúde promova, à exemplo de Portugal, formas efetivas de tratamento para viciados, de modo a ajudar todos aqueles que precisarem de ajuda para 'lagar as drogas'. Dessa forma, reduziria-se o estigma em torno dos usuários de drogas, bem como diminuiria-se o poder do tráfico.