Enviada em: 11/10/2017

Na sociedade contemporânea muito se discute a respeito do uso da maconha para tratamento de diversas patologias. No Brasil, o uso e a comercialização de tal produto é proibido em virtude de ser categorizada como uma substância potencialmente alucinógena e com alto poder de provocar dependência. É necessário que políticas públicas e apoio social para legalização de tal substância para fins terapêuticos, entretanto é necessária uma transição no comportamento da sociedade.       As propriedades medicinais da maconha é reconhecida por toda sociedade médica. Entretanto, dentre todas as substâncias derivadas dela, somente o canabidiol possui propriedades terapêuticas. Estudos comprovam que o uso desse derivado reduz ou impede as crises convulsivas em pacientes epilépticos. Diante disso, é necessário que a ANVISA( Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permita a comercialização de tal substância para o tratamento de doenças.       Contudo, antes do processo de descriminalização do uso da maconha, é necessário que a sociedade passe por um processo de educação a respeito do uso de tal substância. Como exemplo, a descriminalização do uso irrestrito da maconha na Holanda intensificou a procura por tratamentos hospitalares relacionados ao seu uso. Desse modo, descriminalizar somente para desarticular o narcotráfico e aumentar a arrecadação fiscal inviabilizaria tal política. Isso evidencia que há enorme interesse por tráz da legalização do comércio da maconha. Entretanto, os problemas sociais, como a dependência química, deve ser solucionados primeiramente.       Dessa forma, é necessário que haja a descriminalização do uso da maconha no Brasil, porém, com restrições para comercialização. A ANVISA deveria liberar somente a comercialização da maconha aplicada ao tratamento de doenças e, ainda que, tal produto fosse vendido somente com receituário médico. Dessa forma, impediria que a substância fosse usada para fins diferentes do tratamento de doenças. Assim, haveria mais investimentos do setor farmacêutico para o estudo dos derivados da maconha, e posteriormente, a criação de novos fármacos para tratamento de inúmeras patologias.