Enviada em: 11/10/2017

Brás Cubas o defunto-autor de Machado de Assis, diz em suas “memórias póstumas” que não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Talvez hoje percebesse acertada a sua decisão: dado que com esse dilema de décadas sobre a legalização ou não da maconha gera uma grande pergunta. Ela está de fato sendo proibida?   Em primeiro lugar, é nítido que quem quer usar tal droga ilícita consegue a com fácil acesso, já que os bandidos se aproveitaram dessa proibição e eleva o valor do produto que se torna lucrativo para eles e que ainda alimenta o crime organizado, visto que, com esse dinheiro é investido em armas que matam cidadãos e policiais todos os dias, como se tem noticiado diariamente, Dessa forma fica claro que além de não ser um produto difícil de ser comprado ainda financia o crime e a população sofre e gasta em dobro o dinheiro público, haja vista que o gasto com as procuras de pontos de vendas, de quem vende e compra além das conseqüências dos lucros gerados cria-se um déficit nas contas públicas, e não se acha uma homeostasia.   Dessa forma, fica claro que de fato não é proibido, só dificultam o acesso. Sabe-se que a maconha é maléfica a saúde, porém tendo em vista que já é utilizada como remédio é um grande passo, para a população entender que é uma droga e deve ser usada assim como o seu significado, de planta medicinal conscientizando, logo, essa nova geração que é necessária a algumas pessoas, que realmente precisam dela e não por “diversão ou fugir dos problemas” como se tem usado, posto que como dizia Confúcio “não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros”. Educar é melhor que proibir. Deve-se olhar para países que atuam de forma diplomática nesses dilemas como exemplo a Holanda que não é legalizada porém é tolerada, aconselham a não usar e quem a usa tem várias condições específicas a venda só é liberada nos coffeeshops cuja a entrada só é permitida para maiores de 18 anos não pode fazer propagandas da maconha e só é permitido 5 gramas por dia por pessoa.   Mandela dizia que a educação é arma mais poderosa para mudar o mundo, ninguém pode dizer o contrario, é necessário investimento do Estado em educação e conscientização, deve-se abordar tal tema em escolas e tv’s abertas, para anunciar a população que é uma droga e que só faz bem a saúde quando usada adequadamente e que fora isso causa problemas cardíacos, câncer pulmonar etc. Caso siga o exemplo dos holandeses que seja com regras e não dando lucros ao crime. Para que, todavia o proibido não seja o mais gostoso e sim o evitável, tornando assim um avanço da sociedade, não por conta da liberação da maconha e sim pela liberação de um país mais evoluído criando um legado que Brás Cubas pudesse se orgulhar.