Enviada em: 21/10/2017

Recentemente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso posicionou-se favoravelmente à legalização da maconha no Brasil. Embora essa droga seja a mais consumida no país hoje, sua legalização divide opiniões entre a população. Com isso, surge a necessidade de se debater os efeitos de tal medida na sociedade brasileira.     Primordialmente, há que se ressaltar que a legalização da maconha pode vir a trazer diversos benefícios para o Brasil. Comprova-se isso por meio de experiências já adotadas em relação a esse tema em países desenvolvidos, como é o caso da Espanha, nos quais um conjunto de políticas públicas foi tomado, a fim de realizar esse processo de modo a garantir a preservação da saúde, da segurança e dos relacionamentos sociais. Tal fato reflete a redução do número de dependentes, o uso da droga para fins medicinais no tratamento de diversas doenças e, principalmente, a diminuição da criminalidade.     Por outro lado, a falta de uma sólida estrutura política e social no país faz com que seja praticamente inviável a implementação da realidade supracitada na sociedade brasileira. Segundo Hobbes, o Contrato Social serve para garantir a manutenção da ordem. Sob esse viés, a falta de um Contrato Social efetivo devido à falta de debates, estudos e medidas específicas, como uma legislação clara, acerca do tema se mostra como um impasse à legalização da droga de que acima se faz menção de modo a assegurar a estabilidade política e social.     Torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para resolver esse impasse. É imperioso, nesse sentido, uma postura ativa do governo federal, que, em parceria com o Ministério da Saúde, deve, por meio de campanhas sócio-educativas, conscientizar a população acerca do uso da maconha. É, também, crucial que o poder legislativo crie, por meio de debates com especialistas no assunto, uma legislação específica para o uso dessa droga no país.