Enviada em: 10/03/2018

A maconha esteve presente na formação do Brasil, pois, as velas e cordas das caravelas portuguesas que aqui colonizaram eram feitas de cânhamo (fibra da maconha). Já nos dias atuais, é proibido a venda e consumo da erva. Entretanto, a proibição dessa planta promove ao país diversos fatores negativos, como a alta taxa de crimes relacionados à guerra do tráfico e o bloqueio do uso dessa erva para determinados fins medicinais. No Brasil, apesar de ser combatido intensamente, o tráfico de drogas ainda é um mercado altamente lucrativo e está muito longe do seu fim. Essa solidez lucrativa é resultado da ilegalidade, na qual, torna inacessível o plantio, consumo e venda da planta, promovendo assim uma valorização da erva e disputas entre facções. Além disso, a proibição da Cannabis, não diminui o número de usuários de drogas no Brasil. De acordo com pesquisas do levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), feito pela Universidade Federal de São Paulo(Unifesp), o estudo mostra que o país responde hoje por 20% do mercado mundial da droga, colocando o Brasil como o segundo maior consumidor mundial de cocaína e seus derivados. Portanto, a política de combate às drogas no Brasil é falha e só eleva à taxa de homicídios e outros crimes. Ademais, a vedação da cannabis, impede que suas substâncias sejam aplicadas para tratamentos medicinais. Sendo que, o seu potencial terapêutico contra à Epilepsia, Ansiedade, Esclerose Múltipla e dor crônica, já foram comprovados cientificamente. Portanto, essa inibição da planta no país prejudica milhares de pessoas que sofrem com essas doenças, obrigando-as a escolher entre a lei e seu alívio.Assim, o tráfico cresce adjunto com os crimes, provando a ineficácia do Estado em combater o uso e o comércio. Parafraseando o filósofo Friedrich Nietzsche, a moralidade é a melhor de todas as regras para orientar a humanidade. Tomando como norte a máxima do autor, para combater o tráfico de drogas adjunto com à criminalidade e para que a Cannabis  seja usufruída em benefício de fins medicinais, se faz necessário a legalização. Sendo assim, cabe ao Estado legalizar de forma organizada, com a estruturação de órgãos estatais responsáveis pelo consumo e comércio da droga, permitindo utilizá-la para beneficiar terapias. Ademais, o estudo mais aprofundado dessa erva, deve ser mais encorajado nos laboratórios e universidades, priorizando extrair apenas os benefícios. Dessa forma, será possível reduzir a criminalidade e edificar os tratamentos terapêuticos.