Enviada em: 27/04/2018

''O homem nasce livre, mas por toda parte se encontra acorrentado''. Tal declaração proposta por Rousseau, no período do iluminismo, permite refletir, nos dias atuais, sobre como o vício em tecnologia no Brasil representa um desafio a ser enfrentado de forma mais organizada pela sociedade. Nesse sentido, convém analisar as principais causas e possíveis maneiras de atenuar essa adversidade.   Em primeiro plano, é importante salientar que a revolução tecnocientífica e a globalização proporcionou maior interação entre as pessoas, por meio dos aparelhos celulares com suas variadas funções. Entretanto, nota-se que, infelizmente, tal funcionalidade está gerando circunstâncias negativas aos jovens, principalmente no âmbito social. Segundo a ''Alegoria da Caverna'', de Platão, o indivíduo quando mantém-se inerte em poucas possibilidades e não reflete sobre a realidade em que vive, pode ser levado ao engano. Desse modo, é inegável que a nomofobia afasta os jovens cada vez mais do mundo real, como consequência, favorece o surgimento de problemas psíquicos como depressão e ansiedade.     Nesse viés, é válido ressaltar que as crianças são as mais afetadas pelo uso abusivo dos smartphone, visto que as atividades lúdicas e ao ar livres estão sendo substituídas pelos jogos, desenhos e as redes sociais. De maneira análoga, percebe-se que, esse entrave, pode causar vários problemas de saúde, como o sedentarismo, devido a falta de atividades físicas, e insonia causada pelo anseio de estar conectado. Isso, se relaciona diretamente aos ideais de Rousseau, uma vez que as crianças estão mais dependentes das tecnologias, de tal forma que gera consequências físicas e psicológicas. Logo, essa realidade torna evidente a necessidade de se pensar em ações que tenham por objetivo amenizar essa problemática.     Portanto, para que o ideal de liberdade, defendido pelo filósofo iluminista, não seja apenas uma teoria, mas se torne uma medida prática, é necessário uma ação mais pontual da sociedade. Dessa forma, a família deve impor regras ao uso dos aparelhos eletrônicos, por meio de limites de horários, de modo que não interfira na socialização e nos momentos de laser. Espera-se, com esses atos, que os jovens, gradativamente, se libertem desas amarras tecnológicas e amenize as consequências causadas por esse problema.