Enviada em: 21/07/2018

O filme "Ella" de Spike Jonze faz uma crítica criativa sobre a dependência tecnológica, já na vida real, essa é uma situação próxima a realidade. Desde o surgimento da internet nos anos 60, em plena Guerra Fria e de variadas invenções tecnológicas na "Belle Époque", a tecnologia vem ganhando cada vez mais espaço na sociedade. É necessário questionar se a relação com aparelhos proporciona uma melhor qualidade de vida, ou gera impactos negativos.       A dependência tecnológica atinge a maioria da população mundial. Entretanto, os jovens são os mais afetados. Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo realizaram um levantamento com 264 estudantes entre 13 e 17 anos com questionários que avaliavam a qualidade de vida. 68% foram classificados como dependentes de tecnologia, enquanto 20% se mostraram dependentes graves. O estudo também avaliou a incorporação de celulares e afins nos hábitos dos estudantes: 33% usam o celular quando vão ao banheiro, 51% durante as refeições e 90% antes de dormir.       Em consequência disso, a tecnologia que ajuda a melhorar a vida de milhares de pessoas, também é motivo de problemas de saúde como insônia, ansiedade e depressão, contribuindo ademais para a extrema procrastinação. Há pelo menos quatro anos, especialistas lidam com esse novo transtorno mental e já existem clínicas especializadas em tratamentos para esse vício tecnológico.       Diante dos fatos supracitados, torna-se evidente a necessidade do equilíbrio para o uso da tecnologia. Afinal, nada em excesso faz bem, como disse o filósofo grego Platão: "O importante não é viver, mas viver bem". Portanto, cabe ao Poder público, unido ao Ministério das comunicações efetuar uma mobilização em massa, por intermédio de palestras, campanhas e debates, principalmente em Escolas, com o envolvimento da família, visando a conscientização geral sobre os prejuízos desse vício e soluções viáveis.  depencência