Enviada em: 09/10/2018

Na animação "Wall-E", a população humana é altamente dependente e limitada pelas tecnologias, incapazes, inclusive, de analisar o mundo à sua volta. Contudo, embora uma ficção, a realidade vivida pelo filme não se afasta muito da situação contemporânea, haja vista a influência tecnológica e seus efeitos nocivos à vida dos adolescentes. Sob essa ótica, é percepitível o quanto a lógica capitalista e a busca por status são alicerces dessa problemática.      É importante ressaltar, a priori, que os jovens buscam constantemente adequar-se ao mundo globalizado e fluido. Nesse contexto, a felicidade e satisfação pessoal estão associadas à sua aceitabilidade no ambiente online, o que deixa grande parte da população juvenil dependentes da internet. Diante dessa lógica, a busca por estar atualizado e conectado acaba tornando-se, conforme o sociólogo Émille Durkheim, uma imposição coercitiva, isto é, valores culturais pautados nas tecnologias que ditam socialmente outros comportamentos. Nesse ínterim, adolescentes viciados não desenvolvem suas habilidades socias e cognitivas, além de sofrerem com depressão e ansiedade.       Outrossim, a busca pelo lucro também fortalece o impasse. Nesse âmbito, as indústrias tecnológicas desenvolvem jogos mais elaborados e animações atrativas que despertam a atenção do seu público alvo: os Jovens. Isso ocorre por que a juventude ainda está desenvolvendo os seus centros nervosos e, portanto, são mais suscetíveis às atitudes impulsivas e à dependência. Sendo assim, indo de encontro ao Sociólogo, Karl Marx, o capitalismo de fato prioriza o lucro em detrimento de valores, o que torna os adolescentes cada vez mais expostos às tecnologias.        Nessa conjuntura, é preciso romper com as converções socias e com a ação capitalista. Para tanto, o Ministério da Educação e as instituições de ensino, devem realizar palestras com a participação de especialistas e ex-dependentes, de modo a discutir a importância de questionar influências externas, seja na tentativa de adequar-se ao meio social, seja de conteúdos/mercadorias disseminadasnas redes, alem de expor os duros efeitos do vício tecnologico, por meio de programas educacionais que ultilizem o teatro e a música, a fim de dinamizar o conhecimento e despertaro senso crítico dos alunos. Nessa conjuntura, será possível fugir da realidade retratada em "Wall-E".