Enviada em: 28/11/2018

A dependência das máquinas já se consolidou na sociedade desde a revolução industrial, no século XIX. A indústria se torna cada vez mais tecnológica, sendo na produção básica, como na alimentícia, ou na produção de novas tecnologias futurísticas. O fato é que a tecnologia se tornou primordial ao ser humano, afetando todos os âmbitos da sociedade. As redes sociais, por sua vez, se consolidaram para propósitos variados, ampliando o conceito de meio de comunicação direto. Tantas formas de tecnologia acessíveis para a população podem gerar muitos benefícios, mas também podem desenvolver problemas e até mesmo vícios.   Segundo dados da GSMA (agência que monitora redes de telefonia ao redor do mundo) cerca de 5 bilhões de pessoas possuem aparelhos celulares no mundo, o que torna o acesso a internet extremamente prático e portátil. A proximidade extrema com tal tecnologia já apresenta danos diagnosticados. A nomofobia (fobia de ficar sem o celular) e o FoMO (fear of missing out, algo como o medo de perder acontecimentos online) refletem a sociedade atual como dependente do sistema de compartilhamento virtual de suas vidas, e consequentemente, do consumo da vida aparentemente ideal de outros usuários. Este ciclo de informação pode tornar a vida humana cada vez mais padronizada e conectada, ameaçando relações reais e a saúde mental de cada pessoa.   Embora as redes sociais possam gerar expectativas exageradas de perfeição e ampliar transtornos psicológicos em seus usuários, é vital reconhecer que a tecnologia também pode ser uma ferramenta aliada para informação sobre saúde mental e até mesmo para a disseminação de campanhas de conscientização sobre os malefícios do vício da internet. Trabalhos como o de Peter Devito, fotógrafo que apresenta seu trabalho com “pessoas reais” alertando a manipulação da beleza nas redes sociais, podem ser usados como meios de propagar a noção de realidade humana no meio virtual.   Em suma, é inegável que aumento do uso das redes sociais e da tecnologia em geral pode causar danos, mas seus malefícios também podem ser alertados e reconhecidos através da mesma tecnologia paralelamente. A sociedade como um todo depende das máquinas, entretanto o ser humano sempre deve ter a opção de mudar seus hábitos focando em uma relação mais saudável para com a internet e com suas relações sociais.O desejo de mudança pode ser despertado no usuário através de campanhas online e em ambientes públicos, como em escolas e em ambientes de trabalho, focando nos problemas gerados pelo vício na internet e em estratégias de superação. Ferramentas como o “controle de atividade”  das redes sociais podem igualmente ajudar o usuário a ter noção de seu tempo gasto nos aplicativos, evitando a formação de um vício.