Enviada em: 22/03/2019

As primeiras duas décadas do século XXI, foram marcadas por consideráveis avanços científicos, dentre os quais destacam-se as tecnologias de informação e comunicação (TICs). No entanto, a medida em que o processo de globalização foi intensificado, notou-se também o aumento nos casos de vício em internet e no uso excessivo de eletrônicos, como problemas sociais. Assim, faz-se profícuo observar que redes sociais e jogos online são pilares fundamentais dessa problemática.      Primeiramente, é recorrente, na sociedade contemporânea, a utilização de ferramentas que facilitam a comunicação entre pessoas, como o Instagram, Facebook, entre outras redes. Entretanto, pouco se fala acerca do uso excessivo desses aplicativos e dos males – depressão e ansiedade, por exemplo – que podem causar na vida real, ou seja, na vida offline, dos indivíduos. Diante desse problema, é interessante parafrasear Epicuro, em ‘’Carta Sobre a Felicidade’’, onde dizia que o homem deve fugir dos prazeres imediatos, que fazem bem hoje, mas fazem mal à longo prazo. Logo, é imprescindível que os cidadãos adotem um pensamento consequencialista em relação a isso, e escolham prazeres que proporcionam o bem, no longo prazo.    Em segundo lugar, é eminente a questão dos jogos onlines, quando o assunto é vício em computadores. Haja vista que, desde o início do século, o número de jogadores aumentou de maneira exponencial, assim como as horas em frente aos monitores. Nesse sentido, é possível fazer uma analogia com trilogia cinematográfica ‘’Matrix’’, na longa-metragem, os humanos viviam em um mundo artificial, controlado pelos robôs que dominaram o mundo real. É notório que, talvez, o mundo real não seria tão agradável para os humanos no filme, assim como os jogos atualmente, são como uma fuga da vida real. Todavia, é mister que, parafraseando Platão, em ‘’Alegoria da Caverna’’, as pessoas saiam das sombras – mundo virtual – e encarem a realidade, pois é indubitavelmente  melhor do que viver na mentira.    Portanto, medidas tornam-se necessárias para conscientizar os indivíduos, com escopo de evitar uma provável dependência das máquinas. Nesse contexto, impende às escolas, em consonância com as mídias, informar a população acerca dos efeitos negativos do uso de tecnologias em excesso, por meio de campanhas e palestras educativas realizadas nas escolas, televisão e, na própria internet. Além disso, cabe aos pais, organizarem e limitarem o tempo que os filhos ficam conectados, por meio do diálogo, com intuito de estimularem atividades interpessoais e o consequente, desenvolvimento da criança, de modo que ela não cresça com a concepção de que seu prazer está associada com a rede. Desse modo, atenuar-se-á, em médio e longo prazo, o impacto nocivo da tecnologia nas relações interpessoais no globo.