Enviada em: 21/08/2017

É indiscutível a dependência humana em relação ao uso das máquinas. Isso vem se mostrando não só pelo o efeito gerado com as primeiras revoluções industriais, mas, sobretudo, pela cristalização na sociedade moderna do sentimento de participar e pertencer ao mundo cibernético.      Desde o século XVIII, percebe-se a influência da evolução tecnológica na vida dos indivíduos. O surgimento da indústria trouxe consigo não apenas a produção em massa, mas também a dinamização produtiva, ou seja, atividades que outrora demoravam dias para serem finalizadas, passaram a ser concretizadas em horas. Nesse cenário, o desenvolvimento técnico integrou-se a vida de todos os cidadãos, haja vista que a fabricação de automóveis, eletrodomésticos, roupas, calçados, estão todos diretamente relacionados ao uso das máquinas.       Em segunda análise, é importante ressaltar a extrema necessidade, principalmente entre os jovens, de interagir com o mundo virtual, visto que o uso da internet na contemporaneidade representa integração, logo, não possuir uma conta nas redes sociais é quase como não possuir uma identidade. Nesse sentido, é notável que o ser humano está não apenas condicionado ao desenvolvimento, mas também passivo aos seus efeitos, uma vez que o aumento de casos como a depressão, isolamento e crimes relacionados a internet são alguns dos reflexos de tal relação.        Torna-se nítido, portanto, que a dependência gerada pelas máquinas é real e exige atenção imediata. Cabe ao Estado, realizar projetos de conscientização para diminuir a alienação causada pela tecnologia. A escola, instituição formadora de valores, deve realizar palestras e campanhas aos pais e alunos para que possam refletir e discutir o tema de forma eficaz. A mídia, quarto poder, deve propagar informações mostrando como identificar e prevenir o isolamento causado pelo mundo cibernético. Desse modo, podemos usufruir do aparato técnico cientifico e ponderar os seus possíveis efeitos negativos no tecido social.