Enviada em: 10/10/2017

O domínio digital             Quando se diz a palavra dependência, logo vem a ideia de dependência de drogas químicas ou alguma coisa similar, mas as dependências que vêm preocupando o Brasil são a digital e a tecnológica.       Conforme a Revista Viva Saúde pelo menos 10% dos usuários brasileiros, quase 2 milhões, já estejam dependentes, afinal, o país possui cerca de 19,3 milhões de usuários domésticos e os quais mais tempo permanecem conectados à rede, à frente dos Estados Unidos e do Japão. Isso não acontece apenas com jovens e adultos, mas também com crianças, a pesquisa feita pelo site Boa Vontade revela que uma em cada três crianças usa recursos tecnológicos (celulares, tablets..) antes que seja capaz de falar corretamente.       Dessa forma, quando o uso de aparelhos eletrônicos e a internet tornam-se ''patológicos'' para o usuário, pode causar várias consequências negativas como piorar o rendimento na escola ou no trabalho, isolamento social, conflitos familiares, alterações de humor (irritabilidade ou exacerbação ansiosa quando não se está em uso tecnológico). Em determinados casos o usuário digital deve ter tratamentos para conseguir deixar de ser dependente. Conforme o Jornal O Globo, estudos recentes apontam que as mudanças causadas no cérebro pelo abuso na utilização de aparelhos tecnológicos são similares aos efeitos de drogas químicas (álcool, cocaína...). No Hospital das Clínicas de São Paulo, o tratamento da dependência tecnológica é feito com 18 reuniões semanais de psicoterapia de grupo, tratamento psiquiátrico e suporte emocional, modelo parecido com o adotado para outros vícios.       Portanto, o Governo pode criar projetos para ajudar os dependentes de aparelhos tecnológicos como é feito pelo Governo japonês que lançou um projeto para atender 500 mil jovens, além da psicoterapia, lugares de convívio social como área de esporte, dança e com o uso restrito de tecnologia, essa é uma medida eficiente que pode ser adotada no Brasil e outro fator é o Governo fazer campanhas alertando os pais de crianças e jovens das consequências do uso exorbitante das ‘’máquinas’’ tecnológica.