Enviada em: 10/06/2018

Atualmente, no Brasil, o alto e em constante aumento custo de vida nos centros urbanos, associado às desigualdades socioespaciais que se polarizam principalmente nas grandes cidades do sudeste (centro econômico do Brasil), tem redirecionado a parcela mais pobre da população para regiões mais afastadas desses polos, em busca de melhores condições de vida. Esse processo de desconcentração é natural e seus efeitos devem ser combatidos pelo Estado.       Esse quadro é um reflexo do despreparo das cidades em receber trabalhadores desqualificados que tendem a estabelecer-se em periferias e comunidades. Com o aumento do custo de vida e preços dos terrenos, a maioria das industrias se desconcentra (geralmente do sudeste ao centro-sul). Isso faz com que os centros urbanos absorvam cada vez mais industrias de alta tecnologia que não empregam esse grupo.       Esse processo é cíclico, as industrias vão desenvolver novos centros econômicos (atraindo mão de obra barata) e estes agregam valor aos terrenos e imóveis. Logo, os trabalhadores, por não possuírem esse poder de compra, ocupam periferias e favelas.Esse mecanismo de desigualdade deve ser combatido pelo Estado e governos estaduais para garantir igualdade de direitos à todos.       Para contornar os elevados custos de vida, os governos estaduais podem construir moradias coletivas e incentivar a concessão de bolsas (como alimentação e transporte) aos trabalhadores urbanos que necessitarem. Assim, facilita-se o acesso às moradias, ao transporte e à alimentação. Isso deve reduzir os fatores repulsivos incentivado que a classe trabalhadora continue exercendo suas funções com maior estabilidade.       Ademais, melhorar serviços de saúde e educação para promover esses direitos de forma mais justa garantindo o acesso dos mesmos à população mais pobre é essencial. Para isso, Estado deve construir mais escolas e centros de saúde nos centros e periferias. Dessa forma, promove-se a base para o desenvolvimento humano e acesso à esses direitos essenciais.       Com isso, pode-se perceber que, no Brasil, a vida urbana é cara e de difícil acesso aos mais pobres . Isso dificulta o estabelecimento da classe trabalhadora nos centros e aumenta a desigualdade social. Todavia, reverter esse quadro pode ser feito pelos Governos Federal e estadual para a garantia da igualdade e liberdade no Brasil.