Enviada em: 29/03/2019

Desde a segunda metade do século XX, quando desenvolveu-se o êxodo rural, o Brasil enfrenta problemas com a urbanização desenfreada. Esta, quando cidades recebem um contingente populacional maior do qual são capazes de suportar, resulta na violação dos direitos do cidadão. Ainda que a expansão de metrópoles seja fundamental para o país, as consequências são graves, com alto custo de vida e condições precárias para povos carentes.       Uma vez que o desenvolvimento urbano, principalmente nas maiores cidades, tende a buscar modernização, residências que não correspondem a essa idealização costumam ser afastadas para as periferias. Ainda que haja grande luta quanto a isso, é inevitável o crescimento da desigualdade, gerada diretamente pela falta de oportunidades nas regiões afastadas do ponto central metropolitano. Segundo a Oxfam, o Brasil encontra-se em 9º lugar no ranking global de desigualdade de renda, condição alarmante que precisa melhorar.       Além disso, os locais periféricos apresentam péssima qualidade de vida, com falta de saneamento básico, rede de esgoto, coleta de lixo, hospitais de pronto atendimento e até mesmo escolas, Isso, somado as dificuldades de locomoção, pela comum ausência ou lotação de ônibus e metrôs, tende a afastar cada vez mais essa parcela populacional que não encontra maneiras de encaixar-se na sociedade moderna.       Desse modo, torna-se notória a urbanização injusta, e assim também a necessidade de mudança. Logo, cabe ao Governo Federal, em conjunto com o Ministério de Planejamento, buscar melhores condições para povos carentes, aumentando os investimentos em qualidade urbanística básica, ofertando empregos próximos a periferias e melhorando o sistema viário. Ademais, a sociedade deve levantar debates sobre os problemas da urbanização acelerada e possíveis soluções para esta. Só assim o país terá condições de crescer de maneira justa e responsável.